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Autor: Wander Costa |
Vivia
na galáxia mais distante daqui.
Não
sei se o azul cintilante, o brilho dourado dos seres ou a ânsia de conhecer
novos mundos me atraíram para cá.
Na
viagem ao desconhecido, várias paradas eu fiz, e em cada uma delas um novo conhecimento,
um novo despertar.
Usando
meus sentidos percebi que a cada célula que esbarrava trazia em si um valioso
microcosmo. Com alguns fácil foi interagir, com outros intangível.
O
fascínio da jornada estava justamente nestas experiências, e percebi que os
corpos ásperos com os quais eu colidia iam me polindo, transformando e
enriquecendo minha experiência.
De
pronto sentia, com o coração aberto, a grandeza e a beleza que cada um a mim se
descortinava, e livre da minha arrogância primária, pude sentir em cada célula
do meu corpo celestial o respeito e o amor que o outro a mim e a todos dirigia.
De
longe minha avaliação sempre se mostrava previsível e protetora dos meus medos.
Posto isto de lado, de perto desfrutei da incrível riqueza das diferentes facetas
que compunham cada um.
Ainda
em plena viagem explicativa me detive sobre alguns corpos luminosos, e feliz,
me lancei aos outros, e sempre feliz me surpreendi com a infinita bondade e
generosidade que este outro tem a me oferecer.
As
diferenças, as "imperfeições" que tanto julgamos em nós e em outrem me
têm causado um profundo sentimento de paz e amor.
Depois de desnudos das defesas nós nos propusemos
apenas a ser e estar.
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