segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

AMIGOS DE FOLGUEDOS (Wander Costa)


Autor: Wander Costa

Ah... Por onde andam meus amigos de folguedos?

Sei de uns e de outros. Alguns aqui já não estão mais, brincam nas nuvens, fazendo desenhos de memória. Outros aqui estão, brincando e brindando com as peripécias do dia a dia, e para minha surpresa, os mesmos outros daqui não estão porque perderam o frescor mental da alegria e se atolaram na areia da hipocrisia, achando até que os folguedos é que o são.

Intrigante é ver passar, em folhas rápidas, as fotos vividas dos folguedos mais amigos. Ah...  Como é gostoso sentir na pele o pijama bem dormido, o chinelo bem corrido e, no rosto, o sorriso descontraído.

Pronto para o despertar do dia, me vejo no espelho, olhar maroto, relembrando da inocente brincadeira com os amigos de partida. Partiram, mas em mim deixaram a lembrança de momentos de profícua poesia.

Então, encorajado pela nostalgia, visto a capa do herói cotidiano e me lanço na avenida da vida, com a certeza de que, tanto uns como outros, comigo estão.

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