quinta-feira, 19 de abril de 2018

BENDITOS PÉS


Autor: Hélio Cervelin

Meus pés
Pedem repouso
Já cansados de caminhar
E machucados pelos tortuosos caminhos
Clamam por parar e descansar

Suas muitas passadas, cadenciadas
Rumo ao horizonte sem fim
Buscaram o pão de cada dia
E na ânsia de encontrar o amor
Aproximaram você de mim

Benditas estradas
Que me fizeram conhecer você
Malditas estradas
Algozes no meu sofrer
Abençoadas estradas
Que clarearam meu horizonte
 E o além

Grosseiros e maltratados pés
Que, sangrando estrada afora
Proporcionam-me a evolução
Benditos pés
Que lanhados e cansados
Deixam escorrer o sangue
Que jorra do meu coração







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