segunda-feira, 30 de abril de 2018

GARRAS DA LOUCURA (Hélio Cervelin)


Autor: Hélio Cervelin

A violência no meu país cresce, e cada vez mais se escancara
A safadeza se revela, se avoluma e nunca para
A justiça enrola a todos, dá voltas e ao criminoso não encara
A sociedade, desorganizada e em pânico, impotente se declara

A dignidade, atitude de nobreza, não vale mais, já era
O amor ao próximo, a empatia, e tudo o mais caiu por terra 
Compreensão, apoio e respeito de ninguém mais se espera 
E o amor revelou-se, claramente, uma quimera 

O político, um pária da sociedade, normalmente é um "traíra"
Especializa-se cada vez mais na tergiversação e na mentira
A situação se agrava a cada dia, aumentando nossa ira
E a sociedade, sem rumo e  sem direção, a cada dia mais pira

A ética deu adeus, saiu correndo e foi embora
A  moral que se almeja nunca brota, nunca aflora
A justiça, quando acontece,  vem sempre com muita demora
A essas alturas, o bandido comprou a todos e caiu fora

E assistindo a esta grande e obcena  sinecura
Aumenta a nossa dor e se exacerba a tortura
O pobre fica feliz quando tem uma rapadura
E o rico, sempre ostentando, se esbalda na fartura

Continua o sofrimento, e a injustiça não para
É farra
Estamos nas garras da besta-fera
À espera
A democracia é uma grande mentira
Que gira
É preciso reagir agora
É hora
E encontrar uma solução pra essa loucura
Agrura
Para! Espera! Pira! Demora! Tortura!




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