
Autor: Hélio Cervelin
A violência no meu
país cresce, e cada vez mais se escancara
A safadeza se revela,
se avoluma e nunca para
A justiça enrola a
todos, dá voltas e ao criminoso não encara
A sociedade,
desorganizada e em pânico, impotente se declara
A dignidade, atitude
de nobreza, não vale mais, já era
O amor ao próximo, a empatia, e tudo o mais caiu por terra
Compreensão, apoio e respeito de ninguém mais se espera
E o amor revelou-se, claramente, uma quimera
O amor ao próximo, a empatia, e tudo o mais caiu por terra
Compreensão, apoio e respeito de ninguém mais se espera
E o amor revelou-se, claramente, uma quimera
O político, um pária da sociedade, normalmente
é um "traíra"
Especializa-se cada vez mais na
tergiversação e na mentira
A situação se agrava a cada dia, aumentando
nossa ira
E a sociedade, sem rumo e sem direção, a cada dia mais pira
A ética deu adeus, saiu correndo e foi
embora
A
moral que se almeja nunca brota, nunca aflora
A justiça, quando acontece, vem sempre com muita demora
A essas alturas, o bandido comprou a
todos e caiu fora
E assistindo a esta grande e obcena sinecura
Aumenta a nossa dor e se exacerba a tortura
O pobre fica feliz quando tem uma rapadura
E o rico, sempre ostentando, se
esbalda na fartura
Continua o sofrimento, e a injustiça
não para
É farra
Estamos nas garras da besta-fera
À espera
A democracia é uma grande mentira
Que gira
É preciso reagir agora
É hora
E encontrar uma
solução pra essa loucura
Agrura
Para! Espera! Pira!
Demora! Tortura!
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