
Autora: Elizete Menezes
Os anos se
passaram e me deparo com o que mais me preocupa agora: a minha entrada para a Terceira Idade. Me pego muitas vezes pensando, e me perguntando: como nunca pensei isso antes?
Ficamos velhos e dependentes, mas, enquanto somos jovens, ainda com toda
a vitalidade, não nos preocupamos com a idade. Não paramos para pensar
que iremos depender de alguém algum dia; que o tempo passa para todos; que,
assim como aconteceu aos nossos pais, nós também iremos envelhecer, a não
ser que morramos antes de isso acontecer.
O tempo passou e me deparei com meus 55 anos, rumo à terceira idade,
ainda com toda disposição de ir e vir, só que agora com a preocupação de como
será o amanhã. Será que vou envelhecer com qualidade? Vou ser bem tratada?
Vou ser respeitada? Vou ser bem cuidada?
Cuido de idosos e sei muito bem de como eles são carentes. Sentem
necessidade de carinho, afeto, e nem sempre têm por perto os seus familiares. Isso
me assusta, muitas vezes, porque, nem sempre, os familiares têm condições de
estarem presentes junto aos seus idosos.
E o tempo vai passando. E quando percebemos, a infância, a
juventude e a mocidade já se foram. E o caminho é um só: envelhecer e morrer. Sendo
assim, sejamos dignos de nós mesmos e dedicados aos nossos idosos.
Temos o estatuto do idoso, que estabelece valiosas regras de cuidado ao idoso,
mas estes nem todos conhecem seus direitos. E as famílias, muitas delas,
desconhecem os direitos de seus idosos e seus deveres para com eles. E ainda
existem maus tratos e abandono por parte de familiares, a até mesmo de cuidadores...
De minha parte, trato bens os idosos e tudo o que quero é envelhecer com
dignidade.
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