
Autor: Hélio Cervelin
Trêmulo
de ansiedade
Tomei
nas mãos a sua carta
E percebi
que as palavras
Misturavam-se
em turbilhão
Atônito
e muito confuso
Nada entendi,
nem captei
E
então, desesperado
Prostrei-me
ao chão e chorei
Num
repente, aquelas letras
Foram,
do papel, descoladas
E umas
sobre as outras caíram
Aos
meus pés, amontoadas
Formavam
uma massa estranha
E sua
mensagem preciosa
E em
uma minúscula montanha
Resultou
desperdiçada
Fiquei
então sem saber
Aquilo
que mais desejava
Se você
ainda me ama
E se comigo
quer casar
Se o
seu amor continua
Ou se deixou
de me amar
Tentei
recolher as letras
Caídas,
coladas ao chão
Mas tudo
virou massa estranha
Repulsiva
e sem valor
Trazendo
de volta ao meu ser
O
vazio, o desamor
Mande-me
outra carta, meu amor
Eu te imploro,
por favor
Fale comigo
como antes
E me declare
sua paixão
Diga que
ainda sou dono
Do seu
meigo coração
Intenso. Mostrou a fragilidade diante da indagação: sou amado?
ResponderExcluirMandou bem, Hélio!