terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

VOU TE ESPERAR (Ella) Hélio Cervelin (03/02/2008)



Autor: Hélio Cervelin

Vou te esperar, pelo tempo que for necessário...
Para que a jovem e o homem maduro sejam apenas pessoas
Que se admiram e se amam
Você compartilhando comigo o vigor da sua mocidade
E eu lhe dando em troca a firmeza da minha experiência

Assim, em equilíbrio, vou conquistar o teu amor
E então, juntos, conheceremos novas faces deste mundo
Sentiremos o perfume das flores na brisa da manhã
E passearemos nas tardes ensolaradas da primavera
Os raios do sol refletindo o esplendor de tua pele macia
E no brilho dos meus olhos maduros e vividos, o amor

Vou esperar
Que o tempo apague das tuas lembranças
As frustrações e decepções sofridas
As incompreensões havidas
Nos caminhos do teu coração

Vou esperar
Que o tempo te conceda novas visões
Para que possas perceber que amor estava ali, tão perto, ao teu lado
Te observando, te admirando
Te acompanhando e torcendo por ti
Num paradoxo entre o desejo da tua felicidade e do teu fracasso
Pois só assim terias olhos para mim

Só a tua maturidade
Fará com que consigas olhar ao teu redor
E perceber que quem te ama de verdade
Sempre esteve ao teu lado, desde os mais tenros dias de tua infância
Sorrindo, quando te via sorrir
Sofrendo, quando te via sofrer
Magoando-se, por saber que beijavas outros
Com os lábios que sempre desejei

Vou esperar
Na certeza de que serás minha
E de que nosso amor triunfará
Sobre todas as incertezas do mundo
E, felizes, correremos ao encontro do sol
Para nos transmutarmos em Luz, Amor e Prazer.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

FACAS, FAKES E LARANJAS (Hélio Cervelin)



Autor: Hélio Cervelin

Açaís, goiabas, laranjas
Armas, carros, desvios
Bravatas, sonhos, palácios
Desmandos e desvarios

Motins, ameaças, castigos
Marchas, recuos, desabrigos
A caserna afrontada
Busca por novos amigos

São três décadas perdidas
No parlamento sem ação
São tarefas não cumpridas
Prejuízo da nação

Fakes, mentiras, bravatas
Armas em punho, cascatas
Lero-lero, valentia
Uma nação enganada
Riqueza vilipendiada
Miséria, barriga vazia

Estrangeiros rindo à toa
Capitalistas na boa
Levando vantagens mil

A farra já começou
O presidente acenou
Vamos doar o Brasil


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

ATITUDES DE PAZ E HARMONIA (Hélio Cervelin)


 

















Autor: Hélio Cervelin

"Se imaginais que, matando homens, evitareis que alguém vos repreenda a má vida, estais enganados; essa não é uma forma de libertação, nem é inteiramente eficaz, nem honrosa; esta outra, sim, é mais honrosa e mais fácil: em vez de tampar a boca dos outros, preparar-se para ser o melhor possível." (Palavras atribuídas a Sócrates por Platão, ao final do seu julgamento).

“A verdade está no caminho do meio”, disse Sócrates, o filósofo grego.

Como proceder para nos comportarmos de modo a não ferir, não escandalizar, nem magoar ou cometer injustiças contra quem quer que seja? No convívio com as pessoas do nosso relacionamento é que transparecem nossos eventuais defeitos ou desvios de conduta. 
Está aí um desafio.

Que as agressões físicas ou verbais são atitudes violentas todos nós o sabemos. A arrogância, a prepotência e o menosprezo também podem ser considerados atitudes violentas, apesar de em menor grau. O que não se imagina é que a mesma violência é encontrada também nas atitudes pouco aparentes, de caráter psicológico, tais como a indiferença, a ironia, a frieza dos olhares, bem como as atitudes de desrespeito aos  direitos fundamentais do indivíduo, pois representam uma afronta à dignidade.

Tudo o que foge aos padrões de comportamento aceitos pode ser considerado atitude violenta ou desarmônica. Até mesmo os nossos modos à mesa de refeições podem ser enquadrados como atos de violência, quando, por exemplo, não medimos nossas atitudes, nossos modos às vezes pouco polidos de nos servirmos, especialmente quando nos esquecemos de que existem mais pessoas que irão compartilhar conosco os alimentos e as bebidas disponíveis, cuja quantidade poderá ser insuficiente caso nos excedamos.

Somos violentos quando não temos paciência para ouvir os argumentos dos outros, interrompendo-os sem a menor cerimônia; quando tentamos impor nosso ponto de vista a qualquer preço; quando nos consideramos os donos da razão.

Não devemos nos esquecer de que cada dia que vivemos é mais um dia de aprendizado, uma oportunidade de aprimoramento. Temos obrigação de saber que a nossa opinião tão arraigada de hoje pode sofrer uma mudança completa, amanhã, pois os conceitos estão em franca evolução.

Somos violentos quando temos atitudes bruscas, quando gargalhamos em voz alta, quando exageramos em nossas manifestações, sejam de alegria, de revolta ou de euforia, especialmente em locais públicos, na presença de outras pessoas.

Somos violentos quando elegemos uma determinada pessoa para descarregarmos as nossas frustrações, usando-a como a cobaia que servirá para testarmos o sucesso ou insucesso de nossas anedotas, notadamente procurando defeitos físicos ou psicológicos nos outros e fazendo deles o motivo de nossas caçoadas.

Somos violentos quando abusamos da timidez ou da ignorância das pessoas para transformá-los em vítimas e contrapontos na demonstração de nossa “grande erudição”, humilhando-as publicamente.

Somos violentos quando nos utilizamos de nossas posses ou posição social para oprimir outras pessoas, seja pela arrogância da posição, seja em negociatas de ética duvidosa, para forçar uma acumulação maior de nossas posses ou poder.

Somos violentos quando procuramos apenas o nosso bem-estar e nos esquecemos por completo de nossos semelhantes que sofrem mundo afora, mesmo percebendo que uma pequena renúncia de nossa parte significaria um alívio substancial para o sofrimento de muitos.

Somos violentos quando nos associamos aos opressores para, voluntária ou involuntariamente, servirmos de instrumentos de maior opressão, adotando atitudes corruptas ou corruptoras ao longo de nossas vidas, contribuindo, desta forma, para que cresçam as legiões dos deserdados da sorte.

Somos violentos quando fechamos nossos olhos à destruição do nosso planeta, ignorando que a desestabilização do clima representará a capitulação de todas as espécies existentes sobre a terra, inclusive (e principalmente) a espécie humana.

Somos violentos quando não fazemos uma reflexão para compreender os motivos de uma rejeição da qual sejamos vítimas, especialmente pelo sexo oposto, pois normalmente nos consideramos irresistíveis e poderosos na arte da conquista, e reagimos com agressividade, e, em alguns casos, até com brutalidade.

Somos violentos quando não sabemos aceitar o Princípio Criador de todas as coisas,  agindo como Senhores do Mundo, assumindo a presunção de sermos seres infalíveis e imortais, ignorando que, ao desencarnarmos, nossos bens materiais acumulados de nada nos servirão, e sequer podemos levá-los conosco.

Somos violentos quando não temos atitudes compreensivas e tolerantes para com as pessoas que divergem de nossas idéias e não paramos para ouvi-las com maior atenção; quando não procuramos entender uma eventual rispidez de alguém em dificuldade por motivo financeiro ou de saúde, ou quando não concedemos o perdão para aqueles que, arrependidos, nos pedem uma segunda chance.

Para vivermos melhor, basta que adotemos os ensinamentos de São Francisco de Assis em sua Oração pela Paz, da qual trazemos um pequeno trecho para ser recitado diariamente a fim de construirmos um mundo mais fraterno e harmônico.  

Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde há ódio, que eu leve o amor.
Onde há ofensa, que eu leve o perdão.
                                                                       Onde há discórdia, que eu leve a união...”  

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

CONVERSANDO, RELAXANDO (Hans Wiedemann)



Hans Wiedemann

Conversar faz parte do Ser,
Como processo de comunicação,
Com seus irmãos de caminhada,
Precisando trocar experiências,
Aprendendo sobre a vida.

Quando trocamos ideias,
Existe intercâmbio de energias,
Observando sem julgar,
Percebendo as necessidades,
Recebendo e doando Amor.

Quando estamos relaxados,
Somos nosso verdadeiro Ser,
Sem interesses específicos,
Mas abertos e dispostos,
A trocar energias.

O Ser, quando disponível,
Pensa sem preconceitos,
Usando sua tolerância,
Disponibilizando a paciência,
Aproveitando a vida.

Abrindo nossa mente,
O Cósmico lê as intenções,
Percebendo o nosso Amor,
Fazendo o bem acontecer,
Iluminando o Universo.