segunda-feira, 18 de novembro de 2019

TEMPESTADE EM ALTO MAR (Elizete Menezes)

Autora: Elizete Menezes

Há algum tempo passei junto com alguns amigos por um terrível naufrágio.
  
Havíamos embarcado em um navio seguro, cheios de expectativas e sonhos. Era uma tripulação bonita, feliz e unida. Mas, depois de algumas realizações e conquistas dos tripulantes,  nosso navio começou a balançar, a maré  começou a ficar agitada e entramos numa violenta tempestade. Foi um baque para a tripulação. Correria, agitação.
  
Alguns marinheiros haviam entrado para o grupo há pouco tempo, outros estavam na embarcação há mais  de um ano. E então tentamos contornar a situação, mesmo assim alguns foram procurar outros barcos para se integrarem. Alguns desses, que foram mais ou menos uns quinze(15) tripulantes que já se conheciam, e por sinal se gostavam muito, e sabendo onde queriam chegar, reuniram-se para continuar no rumo, pra que esse naufrágio não representasse a âncora de uma embarcação fracassada. 

E assim foi  dada a partida para uma longa viagem. Os Náufragos agora têm um rumo certo. Começamos do zero com o apoio de pessoas amadas dessa tripulação. Foi em comum acordo que retomamos o leme desse navio pra continuar nossa viagem. Mas, como sempre há tempestades em alto mar, novamente passamos por algumas dificuldades.

 A saída de alguns dos tripulantes nos deixou tristes, saudosos, porque eles entraram nessa embarcação e conosco lutaram contra as tempestades em alto mar, mas por algum motivo tiveram que partir, buscando outra navegação pra continuar sua viagem. Com toda essa mudança da primeira tripulação perdemos quatro tripulantes. Mas conseguimos, no caminho, agregar ao nosso navio mais alguns integrantes que queriam navegar nessa aventura.

E lá estávamos nós, com mais três novos Náufragos! Assim, seguimos por mais alguns tempos nossa viagem, adquirindo experiência, fazendo novas amizades, escrevendo nossa história cada um com sua escolha: poemas, contos, crônicas, músicas... E fomos caminhando. De parada em parada descia um tripulante que, por algum motivo, se afastava de nossa tripulação.
  
Mas o grupo de Náufragos fiéis corriam atrás de seus objetivos. E a viagem continuava com propósito de escrever mais e mais, contando nossas histórias. Os encontros semanais estavam sendo muito produtivos, assunto é o que não faltavam para esses tripulantes. Histórias lindas, contos, poemas.

O livro tão desejado, tão almejado foi um desafio desses que restaram na embarcação dos Náufragos. E lá estávamos nós, correndo atrás de fazer um bom livro, escrever é o que  mas gostamos de fazer. Começamos a correr contra o tempo, pois há muitas tempestades em alto mar, e às vezes elas vêm para testar nossos limites de força de vontade e tolerância.

Surgiu o desafio, mas, afinal, somos seres humanos temos direito de errar e tentar consertar. Mais uma vez, nossa tripulação está sofrendo desafios. Mas essa tripulação já superou outras tempestades. Haveremos de superar mais esta.

Naufragamos, nadamos, recuperamos nossos sonhos, conseguimos conquistar pessoas que nem nos conheciam pra nos ajudar, fomos vencedores, nos recuperamos de tantas outras idas e vindas, de amigos que se foram, e outros que vieram. Houve os que não quiseram continuar, mas, nós, os NÁUFRAGOS LITERÁRIOS, estamos sobrevivendo às tempestades e não podemos deixar à deriva nossa embarcação. Se tivermos que nadar novamente à busca de novos rumos, nós iremos!  Os Náufragos não podem ficar à deriva.

Venha conosco pra mais essa viagem. Os Náufragos Literários Floripa te esperam! A viagem nem sempre é calma, sempre pode haver uma tempestade em alto mar, mas nós já naufragamos outras vezes e conseguimos atracar nosso navio em segurança.  Não será dessa vez que a embarcação não vai conseguir te levar em segurança.

Os Náufragos Literários Floripa são como rocha firme em alto mar. Essa é a minha grande conquista com os Náufragos.  Não vamos parar essa viagem porque temos muito a conquistar juntos . Nossa história é linda, e deve continuar. 


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