sexta-feira, 29 de novembro de 2019

UMA NAU QUE NÃO SE EXPLICA (Wander Costa)



Autor: Wander Costa

Se me perguntam, como estás? O que queres? Pra onde vais? Suspiro, me vasculho, tento achar  a lógica em mim, para poder me explicar, mas seria necessário?
Bom... e assim o barco segue seu rumo, ou quiçá sem rumo... E por que deveria sabê-lo? A vida toda no leme estive e, pasmem!, nem sempre o cais que aportei supriu a ânsia da minha alma, mas a questão aqui era sobreviver...
O infinito do mar me assombra. Não ver a borda, os limites que em mim se impõem, solapa toda razão e a certeza do que eu sou e quero, e assim, como encontrar as respostas que me indagam?
Penso, calmamente, que o desafio aqui não seja encontrar, mas, simplesmente, confiar e se lançar; crer que a nau, enfim, em algum porto chegará.
E a ânsia encontrará a forma perfeita de se expressar e coexistir com o que de bom e novo se apresentará.


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