quinta-feira, 15 de outubro de 2020

A AGONIA DE UM PAÍS (Hélio Cervelin, 15 Out 2020)

 



 











Autor: Hélio Cervelin


De repente

Ele se fez presidente

Julga-se de alta patente

Mas é pouco mais que um recruta

 

Chegou lá feito trovão

Chamando a todos "ladrão"

Mas, a sua maior diversão

É lesar a pátria amada

 

Veio com toda a pilha

Trouxe consigo a família

Isolou o país feito uma ilha

E quer a população armada

 

É hora de fazer figa

E não fugir desta briga

Deixar de empurrar com a barriga

E achar uma saída honrada

 

Arrombar logo essa porta

Invertendo a ideia torta

Usar a palavra que corta

Antes de tudo se perder

 

Lutar por paz e saúde

Cuidar-se mais amiúde

Respeitar a negritude

Parar de matar e  morrer

 

Não aceitar mais degolas

Manter firmes as escolas

Rejeitar certas esmolas

E nossa pátria defender

 

Combater a vilania

Afastar essa agonia

Defender a soberania

E voltar a ter dignidade

 

E ainda neste ano

Pôr em prática um bom plano

Que afaste um governo  insano

Pra não perder a liberdade

  

Amenizar essa tragédia

Que já virou enciclopédia

Acordar a classe média

Dar à nação dignidade

 

E exigir mais cuidado

Com o  pobre aposentado

Não deixar ele de lado

Por dever de gratidão

 

E ter muito mais amor

Ao  pobre trabalhador

Que derrama rios de suor

Durante toda sua vida

 

Olhar o trabalhador rural

Sempre tratado tão mal

Labutando mais que o normal

E precisando mais guarida

 

Olhar para o funcionário

Que ganha mísero salário

Combater o marajá salafrário

E melhorar o atendimento

 

Fazer logo uma lista

De tanto capitalista

Que sonega a prazo e à vista

E desconhece o desalento

 

Preservar a Educação

Pois já estão errando a mão

Fazendo só confusão

Desprezando o conhecimento

 

Ele não gosta de estatais

Acha que temos demais

E a coisa que faz mais

É trocar riqueza por nada

 

Só pensa em arma, fuzil

Queimar florestas a mil

Rejeitar o amarelo e o anil

Pra ele o país é igual a nada.

 

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