quinta-feira, 29 de julho de 2021

ANJOS MULTICORES (Hélio Cervelin) (2020)

 









Autor: Hélio Cervelin


Meus anjos são multicores

De tons de pele sem fim

São seres que vão e vêm

E que trazem amparo pra mim


Você é o meu anjo moreno

De um lindo semblante dourado

É o meu anjo do presente

Que hoje caminha ao meu lado


Os anjos nos orientam e inspiram

Com seus sorrisos e conselhos

Luz do céu em forma de gente

Lindas sardas, cabelos vermelhos


Anjos de pele alva de luz

E rasgados olhos azuis

De cabelos longos e olhar sereno

Lembrando a imagem de Jesus


Anjos de pele vermelha

Amorenada pelo sol, marcados

Que me conduzem nas veredas

De todos os caminhos trilhados


Anjos amarelos, de olhos pequenos,

Ternura sem par, doçura sem fim

Anjos retintos, corpos azulados

De alvos dentes de marfim


Anjos são fontes de amor

Amparo, conforto e amizade

Cada um que vem ou vai

É um pouco da Eternidade


Anjos de todas as cores

Que pela vida passaram

E muitos que passarão


Também sou o anjo dos outros

E a todos procuro doar

O amor do meu coração

segunda-feira, 12 de julho de 2021

LUMINOSA (Hélio Cervelin, 10 Jul 2021)

 












Autor: Hélio Cervelin


Luminosa te encontro

Ao ver o teu lindo sorriso

Brilhar à luz do luar


Luminosa te sinto agora

Ao captar a luz que aflora

Do brilho do teu olhar


Luminosa te admiro

E neste momento suspiro

Ao sentir tão profunda relação


Luminosa te aceito

No turbilhão dentro do peito

Que acelera o meu coração


Esqueço as mágoas, sofrimentos

Do rodar dos cataventos

Da emoção desenfreada


No choque do reencontro

Do outrora desencontro

Nos caminhos dessa estrada


Por que te reencontrei agora?

Teria então chegado a hora

Do nosso amor prevalecer?


Sinto que chegou o momento

De jogar as tristezas ao vento

Da chama voltar a arder


Não vou desperdiçar a chance

De apostar nesse lance

Pra nunca mais te perder

quinta-feira, 8 de julho de 2021

O AMIGO DA VACA (Hélio Cervelin, 08 Jul 2021)

 












Autor: Hélio Cervelin


Eu estava no escritório finalizando um poema, quando ouvi a voz de minha filha, gritando para me avisar que a vaca havia invadido nossa casa e estava comendo um pão. E o pior: já havia nos brindado com um belo bolo de fezes escuras e moles no meio da sala.

Abandonei meu poema e corri imediatamente para lá. Abraçando afetuosamente a vaca de cor clara e olhar suave, fui puxando uma conversa e, enquanto a conduzia para fora, fui argumentando com ela, dizendo-lhe:

Querida, aqui dentro de casa não é o seu lugar. Nós, humanos, e vocês, somos diferentes, vocês têm cascos, nós não. Os cascos protegem vocês das bactérias e doenças, e vocês podem ficar lá fora, enquanto nossos pés são desprotegidos, tornado-nos vulneráveis às doenças. Por isso vivemos dentro de casa.

E fui conduzindo-a para fora naquele entendimento amigável. E ainda lhe pedi desculpas por termos esquecido a porta aberta.

Quem limpou o cocô? O sonho não revelou.