segunda-feira, 24 de outubro de 2022

O OUTRO LADO DA VIDA (Hélio Cervelin, 23 Out 2022)

 


Autor: Hélio Cervelin

Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. (João 14:2)


Quando chegar a nossa hora de passar para o “outro lado”, a nossa “morte”, como se costuma falar, o que será que encontraremos?

Tudo depende da nossa vibração durante nossa vivência, o modo de levar a vida, de encarar as situações que se apresentam; se a nossa vibração for boa, encontraremos um planeta, um local de vibração boa, combinando com a nossa personalidade. Se a nossa vibração for baixa, com pensamentos de inconformismo, maldade, egoísmo, vingança, encontraremos um planeta ruim, uma morada de vibração desarmônica, combinando com nosso estado de espírito, e sem podermos escolher.

Como existem duzentos bilhões de galáxias, e cada galáxia contendo dezenas ou centenas de planetas, haverá muitos lugares em que podemos nos enquadrar. Desse modo, acreditamos que será assim, sem céu nem inferno. Ou existirá um ou outro, a depender de nossa vibração.

O que é ser portador de uma boa vibração? É ser cordato, gentil, saber resolver os problemas sem perder a calma, sem gritar; não ser violento e não prejudicar ninguém, pedir desculpas quando errarmos e estarmos dispostos a perdoar a quem erra conosco. É ir levando a vida, sabendo que aqui é uma passagem, uma viagem, um estágio, apenas.

Assim sendo, acreditamos que se pode ser até mesmo um assassino, desde que o fato tenha acontecido num momento de descontrole total, e nos tenhamos arrependido profundamente do mal praticado. Certamente seremos submetidos à justiça dos homens, e teremos que nos conformar com isso. Pelo arrependimento sincero, o restante de nossas vidas poderá gozar de uma boa vibração. Acreditamos que isso tem mais valor do que aquele que nunca matou ninguém, mas vive agredindo os outros, é ríspido, faz comentários desairosos sobre as outras pessoas, espalha inverdades, fofocas. E se acha superior aos demais, demonstrando vibrar no mal, na maldade.

O próprio Jesus Cristo falou isso no Novo Testamento:

E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.

(Marcos, 2:17)

Ao lermos a bíblia sagrada é preciso atentar para as suas imperfeições advindas das interpretações de seus autores (Jesus não deixou nada escrito), bem como as dificuldades que sempre se apresentam ao traduzir qualquer texto. Os textos bíblicos são passíveis de interferência da parte das autoridades eclesiásticas ou mesmo de reis e imperadores. 

Sabe-se que o Império Romano, para atender às suas conveniências e pacificar conflitos entre o povo fez diversas intervenções nos textos cristãos, tais como alterar o dia do descanso semanal do sábado para o domingo, para evitar conflitos com os pagãos. 

No Concílio de Niceia, realizado no ano de 325 (d.C.), liderado pelo imperador romano Constantino, entre outras providências, ficou determinada a divindade de Jesus, para dirimir conflitos entre os próprios cristãos, os quais divergiam nesse quesito.

Até então, Jesus era venerado como um Mestre. Um Mestre sábio, de inteligência superior, inspirado, pacifista, amoroso, mas apenas um Mestre, filho de Deus como todos nós. Assim também o acreditavam (e ainda acreditam até hoje) os judeus.




Nenhum comentário:

Postar um comentário