Autor: Hélio Cervelin
Essa música que ouço agora, reaviva minhas lembranças, embora não muito claras, de fatos acontecidos, situações que ficaram marcadas, provocando em mim sensações inexplicáveis.
O que minha memória esconde ou tenta me mostrar com essas reminiscências? Por que nos acontecem esses lapsos de memória? Quantos anos já vivi e o que posso afirmar que já aprendi? Terei aprendido a amar o amor verdadeiro ou estarei no meio do caminho? Terei sabido aproveitar as oportunidades que se apresentaram, para tirar delas o maior proveito - no sentido do aprimoramento - das minhas relações com o mundo que me cerca em cada situação?
Muito em breve chegará a minha hora de ir embora. Então surgem os questionamentos sobre se de fato cumpri o que vim fazer neste planeta chamado Terra. Sinto saudade de pessoas que aparentemente desconheço, mas que sei - algo me diz - que as amo muito e quero e preciso muito revê-las! E elas também sentem a minha falta. Como explicar isso?
Estou aqui, estabelecendo e cumprindo metas que podem, - não sei se será lícito - ser interrompidas a qualquer momento em virtude da viagem que irei empreender, da qual “não sei o dia nem a hora”, dizem os textos bíblicos.
Há momentos em que tudo parece claro sobre quem sou, de onde vim, para onde vou. Porém, em outros, o meu pensamento se embaralha em questionamentos, e já não tenho “certeza” de mais nada. São aquelas situações em que somos assaltados pelas dúvidas que tentam abalar antigas convicções.
Como nos livrarmos desse desconforto? Através do bom é velho pensamento positivo, que procura nos convencer de que o melhor irá nos acontecer, e de que ainda há muitas coisas para serem feitas.
É preciso ter calma e buscar informações sobre o que nos cerca.
Após muitos anos de vivência, sofrimentos, gozos e experiências, chego à conclusão de que todos temos uma missão a cumprir. O que não podemos é ficar parados, porque “vida é movimento”.
Pode-se deduzir daí que “ócio é tormento”, por gerar em nós angústia e sentimento de inutilidade, ou, no mínimo, a frustração pelo desperdício de nossas habilidades.
A exemplo da Parábola dos Talentos, não devemos jamais “enterrar” nossos talentos, nem mesmo subaplicá-los, situação em que, devido ao excesso de cautela estão sujeitos a não render nada no primeiro caso e quase nada no segundo.
O que o Pai que nos criou e nos deu esses talentos quer é que os apliquemos em todas as situações que se apresentam, e quando estas não se apresentam devemos utilizar os talentos para procurá-las e aplicá-los nelas. Nada de ficar parado! Nada de conservadorismo! Excesso de cautela (conservadorismo) leva à estagnação, e esta leva à rotina, à mesmice, ao tédio, à doença e à morte!
É através de nossa ação que conseguiremos alcançar a tão propalada e desejada felicidade. Ganhar e perder fazem parte da vida! É preciso saber viver sem dar golpes baixos, pois tudo o que plantarmos colheremos. Para o bem ou para o mal.
Música, Maestro!
Pense, porque escrever é regeitar o silêncio. Pensar é difícil. As pessoas preferem criticar.
ResponderExcluirVerdade, amigo . A humanidade paga para não pensar.
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