
Autor: Hélio Cervelin
Sou como a Terra, que paira suavemente no espaço
E gira sobre si mesma, todos os dias, em cadenciada rotação
E ao girar cumpre a Lei Cósmica de que nenhuma de suas regiões
Fique privada do calor do sol, da claridade, da fertilização
E ao girar em torno do sol, um pouco a cada dia
Completa seu ciclo anual, numa elíptica e constante translação
Enquanto um de seus hemisférios, mais distante do sol
Sofre os rigores do frio, e pela mudança espera
Deseja o calor e a luz que agora estão ausentes
O outro é beijado pelos seus raios, docemente
Eu sou a Terra, você é o Sol que brilha e aquece
Vivo a buscar o teu beijo, com as cores do verão
Mas nosso encontro é improvável ou impossível
Somos reféns dessa roda viva incessante
Sonho com o dia em que tudo possa se encaixar
E num belo dia de sol possamos nos encontrar
Com um abraço de amor, de paz e lindas cores
Juntos possamos para sempre nos amar
Sem tremer naquele frio congelante
Nem derreter num calor de matar.
Quanta luz e romantismo nesse poema lindo , amei , parabéns Hélio querido
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