Autora: Áurea Wolff
Num
berço da natureza
Simplicidade
e magia
Encanto,
pureza, névoa
Entre
lágrimas a vida se abria.
Sombras,
sonhos, esperança
Olhos
voltados pra frente
Trabalho,
lutas alegrias
A
procura de gente
Tudo
vem e vai, sobe e desce
Numa
corrida veloz
Chegou,
já passou, novas ondas
Sorrisos e a dor atroz.
A
procura do que foi
Que
se perdeu no caminho
Voltas
e voltas fazendo
Em
busca do primeiro ninho
Tudo
está no lugar
O
rio, a mata, a primavera
O
velho ipê-amarelo
A
estrada, o pasto, tudo como era.
A
minha geração foi embora
Não
está mais neste mundo
Nova
juventude se move
Criando
um abismo profundo
Da
luz das lamparinas
Para
a elétrica iluminação
Do
bê-á-bá passou rápido
Para
o celular na mão
Aquele
aconchego antigo
Portas
abertas, café, pão e chimia
Conversas,
histórias contadas
A
vida era bela e sorria
A
natureza ainda está aqui
Pedindo
para viver
Pra
não usarem veneno
Que
a façam empobrecer
Pobre
geração do agora
Com
os olhos fixos nas telas
Não
olham pro verde da mata
E
destroem a natureza tão bela.
Daquela
luz clara e distante
Quando
tudo começou
Resta
o amor ardente
A
aquecer o que sobrou.
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