quarta-feira, 30 de julho de 2025

ALGUÉM ‘ROBÔ’ NOSSOS EMPREGOS Hélio Cervelin (29 Jul 2025)

 



 






Autor: Hélio Cervelin


Por que burocratizamos tanto nossas vidas?

São tantas as anotações, tanta papelada para se viver! Tantos textos, textinhos, textões... Revistas, blogues, jornais, jornalões. Rádios, televisões, informações...

Mas, uma situação vem à baila: podemos chamar de “informações”, tantas notícias falsas, inseguras, imperfeitas, tendenciosas, enfim as malfadadas fake news, a expressão da moda?   Me lembrei do Raul Seixas, que disse numa canção: “não preciso ler jornais, mentir sozinho sou capaz” ...          

Enquanto escrevo, ouço a TV, e percebo um oficial israelense afirmando que a falta de comida na Faixa de Gaza é causada pelo Hamas, que estaria desviando centenas de caminhões carregados de mantimentos. Ele também dá conselhos aos seus entrevistadores para tomarem cuidado com as notícias que divulgam para não cometerem deslizes. Como disse uma autoridade, ainda no século passado: ‘numa guerra, a primeira vítima será sempre a verdade!’

Pelo que conhecemos das civilizações, a mentira é uma constante através dos séculos. Sem mentir, a humanidade não sobreviveria. Recordemos a frase “subiu no telhado” dita para não chocar os familiares ao se anunciar a morte de alguém da família. Existe também a chamada ‘mentira piedosa’, tolerada pelas igrejas, aquela que, diante de uma notícia triste, tem a intenção de fazer sofrer menos, ao falar dos “desígnios de Deus”.

E os estudos? Quantas leituras precisamos fazer, quantos livros devemos “devorar” para melhorar nosso currículo, para termos mais “empregabilidade”?

No entanto, nesta modernidade, já não se lê tanto como se lia há dez anos... As expressões da moda agora são TI (Tecnologia da Informação) e IA ou AI (Inteligência Artificial). No andar dessa carruagem informatizada, logo, logo, o motorista de Uber perderá seu emprego para o ‘não motorista’, ou seja, os táxis, que, muito em breve não precisarão mais de condutor.

Sendo assim, é bom que os motoristas de aplicativo (uberistas e motoboys), enquanto fazem uma entrega e outra, tratem de conseguirem uma graduação em TI para garantirem suas sobrevivências no futuro.

A cada dia que passa, o robô substitui mais o trabalhador. E ele nem precisa ganhar o pão de cada dia com o suor do seu rosto. 

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