domingo, 10 de agosto de 2025

OBSERVAR (Paulo Sérgio Lopes)

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Observar...

_Por Paulo Sérgio Lopes_


É importante observar as pessoas, os fatos e a vida como um todo.

A observação nos conduz a conclusões que podem ser fundamentais em nossas vidas.


Nós habitamos o planeta Terra e não existe forma de sair deste mundo antes da hora certa.

Sendo assim, só nos resta fazer deste lugar o melhor possível para habitar. Infelizmente, não é isso que vemos hoje, mas precisamos lembrar: somos responsáveis primeiro por nós mesmos e, depois, pela coletividade da qual fazemos parte. Portanto, toda mudança deve começar em nós.


É necessário observar as pessoas, suas atitudes e perceber se os resultados que estão obtendo são bons. Não precisamos repetir o que já observamos que não é salutar e não traz bons frutos.ww¹,

Dizem que aprendemos com os erros. Eu prefiro crer que aprendemos com os acertos.

Os erros, no máximo, nos mostram que daquele jeito não dá certo.

Assim, podemos observar tanto os acertos quanto os erros de nossos companheiros de jornada e aprender com eles. Afinal, não precisamos cometer todos os erros já cometidos; podemos crescer também com a experiência alheia.


A observação só se torna negativa quando começamos a comparar nossa vida com a dos outros. Embora sejamos todos iguais, cada um vive o seu momento, e ainda não somos capazes de entender o motivo de tantas diferenças neste planeta. Mas creio que o Criador está no comando e que tudo acontece por uma razão.


A observação deve se voltar, antes de tudo, para nós mesmos, com o intuito de nos transformarmos em pessoas melhores.

Devemos observar nossos pensamentos, palavras, ações, alimentação... Afinal, somos muito complexos e, ao mesmo tempo, simples.


Observe-se mais.

Dê-se uma pausa.

Às vezes, basta um pequeno ajuste — mas, se ele não for feito, o resultado não virá.


Seja inteligente!


Medite!

Aceite!

Agradeça!

Perdoe!

E, sobretudo, perdoe-se.


A paz começa comigo!

A paz começa com você!


ÁUDIOS DO BEM

Postagem de Elizete Menezes


SATANÁS EM FLORIPA (Hélio Cervelin, 05 ago. 25)










Autor: Hélio Cervelin

Assim como existem os anjos que nos abordam de tempos em tempos, seja em pele e osso (ou será em luz e energia?), seja por meio de pessoas colocadas em nosso caminho para nos auxiliar e orientar, existem também os da oposição, os que vêm pra atrapalhar.

Como “o mundo jaz no maligno” como afirmou Jesus (1 João, 5:19) *, é natural que seres das trevas passeiem diariamente em nossas ruas e casas desenergizadas.  Não será difícil encontrarmos pombas-gira, ciganas, eres, exus e outras entidades, inclusive o chefe de todos, o Coisa Ruim, o Cão Chupando Manga, o Rei das Trevas, ele mesmo...

Tive o desprazer de encontrá-lo (aliás, ele me encontrou) dias atrás. Disfarçado de pescador, me abordou, alegando me conhecer há muitos anos, na praia. Diante da minha surpresa, pois não me lembrava dele, argumentou: - É claro que você conhece, conhece meu pai, lá do bar da praia.... Mas, que praia, que eu não me lembro? E ele arrematou: - Vai me dizer que não se lembra de todos os anos que você veraneou lá na praia?!

Nessas alturas eu já estava envergonhado... como eu podia não me lembrar? Gente tão boa, provavelmente. E ele apanhou o celular do bolso e ligou o seu pai:- Pai, sabe quem eu encontrei aqui, no centro? O galego, que vinha sempre no nosso boteco, na praia! Separa um camarão para ele! Limpa aí uns 5 quilos, seis quilos... e, olhando para mim, perguntou: 

- Seis quilos está bom, ou quer mais?

Sob aquela pressão toda eu falei.

- Foi em Garopaba, né? Afirmei, mesmo sem lembrar da criatura.  E ele sorriu, parecendo dizer: finalmente ele se lembrou de nós!

E eu respondi, surpreso, imaginando os camarões fritinhos e saborosos:

- Não, seis quilos está bom. E ele acrescentou: - Você quer peixe também?  E eu - surpreso com tanta gentileza, agradeci.  - O camarão basta.

Feitos os acertos, ele falou:- Eu levo na sua casa, hoje à noite.

E então veio o golpe:

 - Mas eu estou precisando da sua ajuda .... Estou saindo daqui, para Paulo Lopes, minha sobrinha foi atropelada e morreu.  Preciso ir lá liberar o corpo, e não tenho dinheiro pra pagar o Uber....  Preciso de 200 reais.. Você me empresta até hoje à noite?

Pego de surpresa, gaguejei: - Eu só tenho cem reais. E era, de fato, o que eu tinha. E ele:       - Mas eu preciso de 400 reais! Me arruma aí, que hoje à noite eu volto e te devolvo na tua casa.

E, novamente, tirou o celular do bolso e ligou para o pai - Pai, sou eu de novo! Já separa aí os 400 reais que eu pego depois, pra devolver pro galego.

E eu insisti, não querendo contrariar uma família tão distinta e tão `íntima´.

Disse-lhe, então: - Está bem, te consigo 200 reais, então.

Confuso, desorientado e envolvido por aquela lábia fenomenal, acabei entregando “o ouro ao bandido” ao admitir que havia uma agência da CAIXA próxima dali, no CEISA CENTER, um centro comercial. Maldita sinceridade, maldita ingenuidade! Maldita capacidade de envolvimento “do Capeta”!

Antes de ir ao banco, eu lhe pedi para me ligar, de modo a poder registrar seu telefone, para o caso de ele se perder ao ir à minha casa levar os saborosos camarões e o dinheiro emprestado.

Para confirmar que ele era o Cramulhão, ele vestia marrom (a cor que atrai maus fluidos). Era baixinho e atarracado, usava um boné azul com marrom, tinha os olhos esbugalhados e um dente da frente bem mais comprido que os outros.  O típico Rei das Trevas! Personagem diabólico do Auto da Compadecida, do Ariano Suassuna.

Fomos à CAIXA, e ele ao meu lado. Eu iria sacar mais 100 reais, então e falei: - 200 reais está bom, né? E ele: - Não! Me dá 400, afinal hoje à noite já vou te devolver! Bati o pé, quase “acordando da sonolência” .... E levou 300 reais do trouxa aqui.

Ao sair do centro comercial tive uma ideia: - Vamos fazer uma selfie!

Um pouco surpreso, não se negou. E sorriu para a foto, mostrando aquele dente comprido.

Resultado: EU TENHO UMA SELFIE COM O “COISA RUIM”!

E foi o que sobrou, além do prejuízo. Que dia DO CÃO!

A propósito, você acha que a foto ainda o mostra, ou sua imagem se apagou? Faça sua aposta.

(*) O versículo que diz que “o Mundo jaz no Maligno” significa que o Mundo todo está, de certa forma, sob o controle de Satanás (1 João 5:19). Isso implica, na verdade, de que ninguém é capaz de escapar da influência do diabo e da tentação e condenação do pecado sem o socorro de Deus. Você não precisa esperar nada mais acontecer para tomar uma decisão de seguir a Jesus e fazer parte da verdadeira mesa da salvação.

(darlanterra, Instagram)

 

 

 

 

quarta-feira, 30 de julho de 2025

ALGUÉM ‘ROBÔ’ NOSSOS EMPREGOS Hélio Cervelin (29 Jul 2025)

 



 






Autor: Hélio Cervelin


Por que burocratizamos tanto nossas vidas?

São tantas as anotações, tanta papelada para se viver! Tantos textos, textinhos, textões... Revistas, blogues, jornais, jornalões. Rádios, televisões, informações...

Mas, uma situação vem à baila: podemos chamar de “informações”, tantas notícias falsas, inseguras, imperfeitas, tendenciosas, enfim as malfadadas fake news, a expressão da moda?   Me lembrei do Raul Seixas, que disse numa canção: “não preciso ler jornais, mentir sozinho sou capaz” ...          

Enquanto escrevo, ouço a TV, e percebo um oficial israelense afirmando que a falta de comida na Faixa de Gaza é causada pelo Hamas, que estaria desviando centenas de caminhões carregados de mantimentos. Ele também dá conselhos aos seus entrevistadores para tomarem cuidado com as notícias que divulgam para não cometerem deslizes. Como disse uma autoridade, ainda no século passado: ‘numa guerra, a primeira vítima será sempre a verdade!’

Pelo que conhecemos das civilizações, a mentira é uma constante através dos séculos. Sem mentir, a humanidade não sobreviveria. Recordemos a frase “subiu no telhado” dita para não chocar os familiares ao se anunciar a morte de alguém da família. Existe também a chamada ‘mentira piedosa’, tolerada pelas igrejas, aquela que, diante de uma notícia triste, tem a intenção de fazer sofrer menos, ao falar dos “desígnios de Deus”.

E os estudos? Quantas leituras precisamos fazer, quantos livros devemos “devorar” para melhorar nosso currículo, para termos mais “empregabilidade”?

No entanto, nesta modernidade, já não se lê tanto como se lia há dez anos... As expressões da moda agora são TI (Tecnologia da Informação) e IA ou AI (Inteligência Artificial). No andar dessa carruagem informatizada, logo, logo, o motorista de Uber perderá seu emprego para o ‘não motorista’, ou seja, os táxis, que, muito em breve não precisarão mais de condutor.

Sendo assim, é bom que os motoristas de aplicativo (uberistas e motoboys), enquanto fazem uma entrega e outra, tratem de conseguirem uma graduação em TI para garantirem suas sobrevivências no futuro.

A cada dia que passa, o robô substitui mais o trabalhador. E ele nem precisa ganhar o pão de cada dia com o suor do seu rosto. 

terça-feira, 29 de julho de 2025

SILÊNCIOS

 "Há silêncios que não são rendição, mas escolha.

Nem sempre quem cala está fraco — às vezes, está apenas cansado de gritar para quem não ouve.

É preciso coragem para não reagir,

Sabedoria para não se explicar a todo instante,

E maturidade, para deixar o que não merece resposta seguir seu rumo.

O silêncio também fala.

E, muitas vezes, diz exatamente o que precisa ser dito: que a paz vale mais do que o orgulho,

Que nem toda guerra vale a batalha,

E que a melhor resposta é a leveza de quem segue em frente."


(Isabeli - Sunshine Sunshine)

(https://www.facebook.com/poesiaalmaintensa/posts/h%C3%A1-sil%C3%AAncios-que-n%C3%A3o-s%C3%A3o-rendi%C3%A7%C3%A3o-mas-escolha-nem-sempre-quem-cala-est%C3%A1-fraco-%C3%A0s/1197909591699674/) Postado no Facebook)

NÁUFRAGOS LITERÁRIOS X OUTROS AUTORES DIVULGADOS

 


NOVIDADES DO NOSSO BLOG

A PARTIR DO DIA 25 DE JULHO, DIA DO ESCRITOR, TOMAMOS UMA DECISÃO QUE É UMA HOMENAGEM AOS ESCRITORES DO PLANETA.

NOSSO GRUPO "NÁUFRAGOS LITERÁRIOS FLORIPA", AO ANALISAR A MOVIMENTAÇÃO DO NOSSO BLOG (QUE ESTÁ COM POUCA PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO) DECIDIU MESCLAR AS PUBLICAÇÕES. 

ASSIM, DORAVANTE, ESTAREMOS CEDENDO ESPAÇO PARA AUTORES CONSAGRADOS OU NOVATOS, A PARTIR DE PEQUENOS TRECHOS DE LIVROS LIDOS PELOS NÁUFRAGOS E QUE MUITO OS TENHAM MARCADO, A PONTO DE MERECER ESSE DESTAQUE.

DESTA FORMA, JUNTAMENTE À PRODUÇÃO PRÓPRIA, A PARTIR DE HOJE ESTAREMOS PUBLICANDO TAMBÉM TEXTOS DE AUTORIA DE MARINHEIROS DE OUTROS MARES, DEVIDAMENTE IDENTIFICADOS COMO MANDA A LEI DOS DIREITOS AUTORAIS, CITANDO O AUTOR, SUA NACIONALIDADE, O NOME DA OBRA, ANO DE LANÇAMENTO, PÁGINA ETC 

LANCEMO-NOS AO MAR, AMIGOS NÁUFRAGOS! E MÃOS À OBRA, NA DIVULGAÇÃO DOS BONS ESCRITORES QUE EXISTEM POR AÍ, GERANDO ESTÍMULO À NOSSA PRODUÇÃO.

 


segunda-feira, 30 de junho de 2025

SERIA A MORTE UM DESCANSO? (a) Hélio Cervelin, poeta e escritor










Autor: Hélio Cervelin

Decididamente, o céu não existe. É melhor ficar preparado. Quando nossa vida terrena se acabar, o que nos acontecerá?

Depende da crença. Para os ateus (a=não; theo= deus) não existe nada depois da morte (do fim da vida na Terra), mas, para a grande maioria da população do mundo, o homem possui alma, e esta se desprende do corpo na hora da morte e segue em frente na direção de outros mundos, outras dimensões, carregando na glândula pineal todo o aprendizado auferido nestas paragens.

Seria Um desperdício obter tanto aprendizado e depois da vida terrena este não ser aproveitado, não servir para nada.  Tantos anos nos bancos escolares, tantas vezes levantando cedo, sonolento,         para ir ao colégio em dias frios, em que o maior desejo era o de permanecer no calor dos cobertores.

 Em tom de brincadeira, costumo afirmar que, assim como não desejo ir para o Inferno, tampouco gostaria de ir para o Céu, por considerar o “Fogo Eterno” um castigo exagerado e também   por acreditar que nosso Pai Criador não impingiria um castigo eterno a seus filhos.

 Por outro ladopor considerar que no Céu o ócio e a paz seriam tão grandes que todos morreríamos de tédio, pela falta de problemas para resolver, e pela absoluta   perfeição no funcionamento das   coisas: refeições na hora certa, conforto nos gramados verdes, próximos às cachoeiras; os pássaros   lindos e coloridos cantando, bem pertinho de nós; os anjos louros de olhos azuis, vestindo vestes   brancas e tocando magistralmente suas harpas, tirando delas melodias angelicais, enquanto sorvemos   drinques deliciosos (sem álcool). Um verdadeiro paraíso de conforto e bem-estar. Demais para quem   está acostumado a “tirar do suor do próprio corpo o pão nosso de cada dia” .

 Diante do exposto, já estou sentindo que alguém me aponta o dedo, me acusando: - “Não admito que o senhor negue que deus existe!” Mas, eu direi, “muita calma nessa hora”, que é uma hora de reflexão. O fato de eu o acreditar que o Céu existe nos moldes bíblicos, não significa dizer que Ele não existe. Não nego sua existência, mas não acho que Ele esteja visível  no “andar de cima”. Acredito que deveremos subir muitos andares para “ter com Ele”, como os sutras gostam de trazer.

Sendo assim, depois de nossa “passagem” ganharemos uma nova morada em outro planeta mais desenvolvido que o nosso, no qual continuaremos nosso aprendizado a partir do conhecimento que acumulamos aqui. "Na casa de meu Pai há muitas moradas" (João 14:2). Lembram desta passagem?

 Assim, dar-se-á a cada um segundo suas obras.

“Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.” Mateus 16:27.

Donde se conclui que o trabalho continuará ‘lá adiante e que não vale a pena jogar-se nas cordas e esperar a morte chegar para “descansar”. Puro engano. É melhor tomar os livros na mão e ir estudando mais e mais.


sábado, 14 de junho de 2025

NOSSA VIAGEM (A roda gigante da vida) (a) Hélio Cervelin, (14 jun. 2025)





 





Autor: Hélio Cervelin


Como uma semente que se rasga e desabrocha

Nasci da Mãe-Terra, pleno de possibilidades e planos

Ainda era cedo para descobrir que esta vida

É cheia de promessas, frustrações e desenganos

 

A vida começa seu giro, tal qual o arco da bailarina

Partindo da dependência total do ventre da mãe

Soltando-se, aos poucos, em busca de liberdade

Dependente dos cuidados carinhosos e humanos

 

Após nascer, a cada dia é um crescimento

Um aprendizado constante, de ouvir e imitar

Até conseguirmos a tão sonhada independência

De movimentar-nos sozinhos, andar, brincar e falar

 

O tempo vai passando, crescemos e aprendemos

E vamos adquirindo relativa independência

Que até das fraldas e papinhas nos esquecemos

Queremos possuir o mundo sem qualquer interferência

 

Enquanto subimos a curva do arco da vida

Percebemos que temos cada vez mais independência

E quando atingirmos a metade da esfera na subida

Ultrapassaremos a metade da circunferência

 

Metade de nossa vida é aprendizado e subida

Até atingirmos a estável maturidade

É hora de precaver-se para a outra metade que falta

Pois, doravante, começa uma nova verdade

 

Começamos a percorrer a outra metade do círculo

Do qual partimos ao nascer, crescer e subir

Da metade para frente começa a deterioração física

E desceremos para nunca mais subir

 

E tudo o que abandonamos nessa viagem

Tomamos de volta, a começar pela imobilidade

Que aos poucos se impõe, tolhendo nossos passos

É a hora dos filhos aliviarem nossa dificuldade

 

Completa-se o ciclo, é um círculo que se fecha

Aos idosos, aos poucos se esvai a dentição

Lembrando a infância tão bela das papinhas

Mudança completa na força da mastigação

 

E as fraldas que outrora usamos com charme e elegância

Reaparecem, causando-nos estranheza

Aquilo que aprendemos, engatinhando e caminhando

Desaparece agora, minando nossa destreza

 

O círculo se fecha, impiedoso e fatal

A caminhada se completa impondo um silêncio atroz

Demoramos para falar, num processo gradual

Mas o tempo impiedoso irá calar a nossa voz

 

A roda gigante nos levou lá para o alto

Fez o seu giro, e contemplamos a paisagem

O longe ficou perto, mas o chão se aproximou

Com a volta completa, se acaba nossa viagem