
Autora: Áurea Wolff
Você sabe a origem das festas de São João? De onde vem a história das festas de São João?
Queridos brasileiros, é muito
importante sabermos mais
sobre as histórias do nosso querido Brasil. Tudo começou há muito tempo. E não foi no Brasil.
Antes mesmo do nascimento de Cristo, havia rituais pagãos para comemorar o solstício de verão no Hemisfério Norte, ou seja, o dia mais longo e a noite mais curta do ano, que lá ocorrem em junho e marcam o início do estação. Os rituais tinham por objetivo promover a fertilidade do solo, o crescimento da vegetação e a fartura das colheitas.
Antes mesmo do nascimento de Cristo, havia rituais pagãos para comemorar o solstício de verão no Hemisfério Norte, ou seja, o dia mais longo e a noite mais curta do ano, que lá ocorrem em junho e marcam o início do estação. Os rituais tinham por objetivo promover a fertilidade do solo, o crescimento da vegetação e a fartura das colheitas.
Depois de Cristo, no século VI, o dia 24 de junho passou a ser
comemorado em homenagem a São João Batista, e
recebeu o nome de Festa Joanina.
Os dias de Santo Antônio (13 de junho) e de São Pedro (29 de
junho) foram incorporados às comemorações a partir do século XIII, na Espanha,
na França, na Itália e em Portugal. Foram os colonizadores portugueses que
trouxeram o costume para o Brasil e o difundiram entre os índios.
Com a vinda da família real portuguesa, em 1808, a festa retomou
as características originalmente aristocráticas. E eram realizadas nos
salões do palácio real
Dança da Quadrilha
A quadrilha, dança de origem inglesa,
incorporada aos costumes franceses, veio
para o Brasil com a família real. O
povo, que observava às escondidas as evoluções que aconteciam no palácio,
gostou do que viu e levou a novidade para as festas populares.
E a
contradança passou a fazer sucesso em casamentos, batizados e, principalmente,
nas festas, que passaram a ter o nome de festas juninas. "O brasileiro,
sempre criativo, terminou transformando a quadrilha francesa numa dança com
características bem nacionais"
Com o passar dos anos, uma encenação
chamada de "casamento do matuto" ou "casamento caipira" foi
se incorporando à dança. É a história da noiva que fica grávida antes do
casamento e seu pai obriga o noivo a se casar com ela. O rapaz tenta fugir, mas
o pai da moça pede ajuda ao delegado. Quando o noivo é capturado, o casamento
se realiza, ao som de sanfona, triângulo e zabumba. Só então começa a
quadrilha. Na verdade, na cultura nacional, estes casamentos aconteciam na
nossa terra.
Dançar a quadrilha ao redor de uma
fogueira, outro costume cheio de significados. O fogo, ilumina, aquece, purifica, assa os alimentos,
prepara vestes e armas, enfim, dá segurança e conforto. Daí as superstições: "faz
mal brincar com fogo, cuspir na fogueira, arrumar as madeiras com os pés,
etc.". A fogueira, que na Antiguidade era erguida para reverenciar a
fertilidade da terra, ganhou na simbologia católica o poder de espantar as
pragas agrícolas.
Os balões,
outra tradição que pintava o céu de luzinhas, eram encarregados de levar mensagens e pedidos a São João. Hoje
são proibidos, devido ao risco de incêndio que representam.
A festa nas regiões brasileiras
A festa nas regiões brasileiras
Onde quer que
você esteja neste imenso Brasil, certamente vai comemorar o "São
João", como se diz no Nordeste. Em Campina Grande (Paraíba) e em
Pernambuco a festa atrai milhares de
pessoas. Em ambas as festas, as pessoas que dançam a quadrilha se vestem de
forma luxuosa, e quem vai assistir coloca sua melhor roupa.
No Sul, a dança-das-fitas, de origem
portuguesa e espanhola, é a que mais anima as festas. Casais com roupa caipira,
bombachas e vestidos remendados, dançam cruzando fitas coloridas presas a um
mastro. O gosto dos gaúchos pelas carnes não é esquecido, e o churrasco está
sempre presente.
Da região Sudeste vem o caipira com chapéu
de palha, calça remendada,camisa xadrez e dente cariado, personagem nascido nas
comemorações pelo interior de São Paulo e de Minas Gerais. É dessa região
também grande parte das comidas típicas, como pé-de-moleque, curau, batata-doce,
quentão e todas as receitas à base de milho, como o bolo de fubá e a canjica.
Tradição
Estas festas eram
e ainda são em homenagem a São João, São Pedro e Santo Antônio e são
comemoradas em festas religiosas Todos estes elementos
culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais
dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características
particulares em cada uma delas.
Comidas
típicas
Como o
mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e
salgados, relacionados às festividades, são feitos deste cereal. Pamonha, curau de milho verde, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas
alguns exemplos.
Além das receitas com milho,
também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo
de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho
quente (chamado de quentão), batata doce e muito mais.
Considerações Finais
O
mais importante de conhecermos nossa história é que nestas
festas juninas/julinas lembramos
que somos brasileiros e que em todo o
nosso grande território muitos irmãos nossos precisam ser ajudados a fazer parte deste
Brasil que hoje canta e dança a quadrilha e festeja São João apenas como
folclore.
Que
algum dia, em futuro breve, possamos todos nós, os "caipiras" do
Brasil, desde o Norte até o Sul, estar unidos e fortes para lutar pela nossa
querida pátria brasileira.
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