quinta-feira, 5 de julho de 2018

HISTÓRIA DAS FESTAS DE SÃO JOÃO (Áurea Wolff )


Autora: Áurea Wolff

Você sabe a origem das festas de São João?  De onde vem a história das festas de São João?
Queridos brasileiros,  é muito importante  sabermos  mais  sobre as histórias do nosso querido Brasil. Tudo começou há muito tempo. E não foi no Brasil. 
Antes mesmo do nascimento de Cristo, havia rituais pagãos para comemorar o solstício de verão no Hemisfério Norte, ou seja, o dia mais longo e a noite mais curta do ano, que lá ocorrem em junho e marcam o início do estação. Os rituais tinham por objetivo promover a fertilidade do solo, o crescimento da vegetação e a fartura das colheitas.
Depois de Cristo, no século VI, o dia 24 de junho passou a ser comemorado em homenagem a São João Batista, e  recebeu o nome de Festa Joanina.
Os dias de Santo Antônio (13 de junho) e de São Pedro (29 de junho) foram incorporados às comemorações a partir do século XIII, na Espanha, na França, na Itália e em Portugal. Foram os colonizadores portugueses que trouxeram o costume para o Brasil e o difundiram entre os índios.
Com a vinda da família real portuguesa, em 1808, a festa retomou as características originalmente aristocráticas.  E eram realizadas nos salões do palácio real

Dança da Quadrilha
A  quadrilha, dança de origem inglesa, incorporada aos costumes franceses,  veio para o Brasil  com a família real. O povo, que observava às escondidas as evoluções que aconteciam no palácio, gostou do que viu e levou a novidade para as festas populares.
E a contradança passou a fazer sucesso em casamentos, batizados e, principalmente, nas festas, que passaram a ter o nome de festas juninas. "O brasileiro, sempre criativo, terminou transformando a quadrilha francesa numa dança com características bem nacionais"
Com o passar dos anos, uma encenação chamada de "casamento do matuto" ou "casamento caipira" foi se incorporando à dança. É a história da noiva que fica grávida antes do casamento e seu pai obriga o noivo a se casar com ela. O rapaz tenta fugir, mas o pai da moça pede ajuda ao delegado. Quando o noivo é capturado, o casamento se realiza, ao som de sanfona, triângulo e zabumba. Só então começa a quadrilha. Na verdade, na cultura nacional, estes casamentos aconteciam na nossa terra.
Dançar a quadrilha ao redor de uma fogueira, outro costume cheio de significados. O fogo,  ilumina, aquece, purifica, assa os alimentos, prepara vestes e armas, enfim, dá segurança e conforto. Daí as superstições: "faz mal brincar com fogo, cuspir na fogueira, arrumar as madeiras com os pés, etc.". A fogueira, que na Antiguidade era erguida para reverenciar a fertilidade da terra, ganhou na simbologia católica o poder de espantar as pragas agrícolas. 
Os balões, outra tradição que pintava o céu de luzinhas, eram encarregados de  levar mensagens e pedidos a São João. Hoje são proibidos, devido ao risco de incêndio que representam.

A festa nas regiões brasileiras 
Onde quer que você esteja neste imenso Brasil, certamente vai comemorar o "São João", como se diz no Nordeste. Em Campina Grande (Paraíba) e em Pernambuco a festa  atrai milhares de pessoas. Em ambas as festas, as pessoas que dançam a quadrilha se vestem de forma luxuosa, e quem vai assistir coloca sua melhor roupa.
No Sul, a dança-das-fitas, de origem portuguesa e espanhola, é a que mais anima as festas. Casais com roupa caipira, bombachas e vestidos remendados, dançam cruzando fitas coloridas presas a um mastro. O gosto dos gaúchos pelas carnes não é esquecido, e o churrasco está sempre presente. 
Da região Sudeste vem o caipira com chapéu de palha, calça remendada,camisa xadrez e dente cariado, personagem nascido nas comemorações pelo interior de São Paulo e de Minas Gerais. É dessa região também grande parte das comidas típicas, como pé-de-moleque, curau, batata-doce, quentão e todas as receitas à base de milho, como o bolo de fubá e a canjica.
Tradição

Estas festas eram e ainda são em homenagem a São João, São Pedro e Santo Antônio e são comemoradas em festas religiosas Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.  


Comidas típicas 

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste cereal. Pamonha, curau de milho verde, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. 

Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente (chamado de quentão), batata doce e muito mais. 

Considerações Finais

O mais importante de conhecermos nossa história é que  nestas  festas juninas/julinas lembramos que somos brasileiros  e que em todo o nosso grande território muitos irmãos nossos  precisam ser ajudados a fazer parte deste Brasil que hoje canta e dança a quadrilha e festeja São João apenas como folclore.

Que algum dia, em futuro breve, possamos todos nós, os "caipiras" do Brasil, desde o Norte até o Sul, estar unidos e fortes para lutar pela nossa querida pátria brasileira.

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