
Autor: Hélio Cervelin
Você sabe o que é a solidão?
Viver em grupo, em sociedade,
pode parecer complicado. Conviver com outras pessoas - seus métodos, suas
manias, seu modo de ser - é uma arte e exige uma adequação permanente. Mas
existem lá as suas compensações.
O excesso de barulho, as
desavenças familiares - especialmente em um lar onde existem crianças ou adolescentes
- exige um esforço diário para manter a ordem e a disciplina. São fatores muitas
vezes desgastantes e que podem, eventualmente, nos induzir à tomada de atitudes
descontroladas.
Entretanto, a solidão - ah, a
solidão! - esse bichinho danado que corrói nosso íntimo, geralmente nos
deprime. E nesse nostálgico silêncio, olhamos ao redor e começamos a nos
perguntar: - Cadê todos? Aonde se meteram? - O que estarão fazendo agora?
O silêncio é sepulcral. Até os
vizinhos, os transeuntes, os automóveis, sumiram todos, parece que se
evaporaram! Assistir TV, ler, ouvir música, ficar em silêncio é tudo muito relaxante,
mas não é a mesma coisa! Falta vida, movimento! E os filhos, tão barulhentos,
como fazem falta! Mas, então, por que brigam tanto quando estamos juntos?
Parece que ainda temos muito a
aprender em relação à convivência familiar para tentar explicar os relacionamentos.
É urgente aprender a organizar nosso ruído, nossa comunicação.
O mundo é maravilhoso. Talvez
sejamos nós a complicá-lo com doses exageradas disso e daquilo.
E essa situação
toda me traz uma certeza: não tenho vocação para eremita.
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