
Autor: Hélio Cervelin
Será possível ser feliz e alcançar
a plenitude em nossas vidas?
Dia a após dia, ano após
ano, trabalhamos e estudamos para sobreviver em uma sociedade competitiva, ao
mesmo tempo em que nos esforçamos para manter a saúde, as amizades, o bom
conceito perante as pessoas do nosso relacionamento, tentando ser felizes todos
os dias.
Já é consenso geral o
conceito de que não existe a felicidade completa, mas, sim, apenas momentos
felizes, que podem ser mais ou menos prolongados. Afinal, em um mundo cheio de
falhas e fraquezas como o nosso, os choques e frustrações são uma constante.
Quando as contrariedades não
atingem a nós ou nossas famílias, elas podem ocorrer na empresa em que
trabalhamos - através da demissão de
colegas - ou da falência da empresa de amigos nossos, por exemplo. Também podemos
enfrentar alguma contrariedade ou sentir muita tristeza ao andar nas ruas, quando
um motociclista se acidenta e morre, um ciclista ou pedestre é atropelado ou,
ainda, quando algum conhecido que estava doente vai a óbito.
Nossa vida é uma espera
diária do porvir. A pergunta que nos fazemos amiúde é: "como será o amanhã?"
ou "o que acontecerá, amanhã?" E, normalmente, torcemos para que as
coisas desagradáveis não aconteçam conosco ou com a nossa família. Se tiver que
acontecer, pensamos - e é difícil admitir isso - "que aconteça com os outros". No entanto, é preciso
lembrar que, para os outros, nós é que somos "os outros" deles.
Todos os seres humanos ambicionam
o melhor para si, (excetuados os depressivos, os masoquistas e os suicidas): o homem/mulher
mais bonita, o melhor emprego, o carro mais luxuoso, a casa mais vistosa, a
cidade mais interessante para morar, a profissão mais destacada, as melhores
viagens... Todavia, dificilmente alguém consegue ser contemplado com todas
essas premissas ao mesmo tempo. Existem alguns poucos que são abençoados pela
sorte e podem comemorar isso, mas são raros.
Dá até pra lembrar o típico dito popular que estabelece: "azar no
jogo, sorte no amor", cabendo aí um vice-versa e também algumas variações
do tema.
E assim a vida vai passando, com cada um de nós lançando suas
fichas diárias, tentando direcionar o nosso futuro para obter o maior conforto
e felicidade possíveis.
Talvez seja essa incerteza
que faça a vida valer a pena, pois nos traz uma incógnita constante. E, inspirados
por um teimoso otimismo, a cada dia podemos repetir a mesma pergunta: "como
será o amanhã"?
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