terça-feira, 16 de outubro de 2018

PLENITUDE E FELICIDADE (Hélio Cervelin)


 
Autor: Hélio Cervelin
Será possível ser feliz e alcançar a plenitude em nossas vidas?
Dia a após dia, ano após ano, trabalhamos e estudamos para sobreviver em uma sociedade competitiva, ao mesmo tempo em que nos esforçamos para manter a saúde, as amizades, o bom conceito perante as pessoas do nosso relacionamento, tentando ser felizes todos os dias.
Já é consenso geral o conceito de que não existe a felicidade completa, mas, sim, apenas momentos felizes, que podem ser mais ou menos prolongados. Afinal, em um mundo cheio de falhas e fraquezas como o nosso, os choques e frustrações são uma constante.
Quando as contrariedades não atingem a nós ou nossas famílias, elas podem ocorrer na empresa em que trabalhamos - através da  demissão de colegas - ou da falência da empresa de amigos nossos, por exemplo. Também podemos enfrentar alguma contrariedade ou sentir muita tristeza ao andar nas ruas, quando um motociclista se acidenta e morre, um ciclista ou pedestre é atropelado ou, ainda, quando algum conhecido que estava doente vai a óbito.
Nossa vida é uma espera diária do porvir. A pergunta que nos fazemos amiúde é: "como será o amanhã?" ou "o que acontecerá, amanhã?" E, normalmente, torcemos para que as coisas desagradáveis não aconteçam conosco ou com a nossa família. Se tiver que acontecer, pensamos - e é difícil admitir isso - "que aconteça  com os outros". No entanto, é preciso lembrar que, para os outros, nós é que somos "os outros" deles.
Todos os seres humanos ambicionam o melhor para si, (excetuados os depressivos, os masoquistas e os suicidas): o homem/mulher mais bonita, o melhor emprego, o carro mais luxuoso, a casa mais vistosa, a cidade mais interessante para morar, a profissão mais destacada, as melhores viagens... Todavia, dificilmente alguém consegue ser contemplado com todas essas premissas ao mesmo tempo. Existem alguns poucos que são abençoados pela sorte e podem comemorar isso, mas são raros.  Dá até pra lembrar o típico dito popular que estabelece: "azar no jogo, sorte no amor", cabendo aí um vice-versa e também algumas variações do tema.
E assim a vida vai  passando, com cada um de nós lançando suas fichas diárias, tentando direcionar o nosso futuro para obter o maior conforto e felicidade possíveis.
Talvez seja essa incerteza que faça a vida valer a pena, pois nos traz uma incógnita constante. E, inspirados por um teimoso otimismo, a cada dia podemos repetir a mesma pergunta: "como será o amanhã"?

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