sábado, 30 de janeiro de 2021

QUANDO NASCE UM POEMA (Hélio Cervelin, 27Jan2021)

 














Autor: Hélio Cervelin


A inspiração de um poeta vem e vai ao sabor do vento

É um momento

A ideia não aproveitada, ao ser desperdiçada, continua

A vagar no espaço, perdendo-se ao relento


Aquele novo poema, que surgiria com excelência

Com todos os elementos para ser inesquecível

Ao ser desprezado, atinge nova face da consciência

E desce à vala comum do inexequível


Uma linda ideia pode desvanecer-se no espaço

Por falta de papel e lápis à mão

Pela sua falta de força no braço

Ou porque o poeta disse não


Não procurou as palavras certas

Não se animou a acender a luz

E não deixou as portas abertas

Para a ideia brilhante que, naquele instante, reluz


Criar é pensar, é penar como uma ciosa mãe

Que sofre e se esforça para dar à luz mais um ser

Um poema que surge é uma nova existência

Uma genuína e feliz manifestação do saber


Um novo ser precisa nascer da forma certa

E contemplar ao seu entorno todas as aspirações

Pois que ficará para sempre como página aberta

A encantar, ao seu contato, todos os corações




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