Autor: Hélio Cervelin
Nuvens escuras me remetem a um passado
Que minha mente insiste em esquecer
Vasos quebrados, flores despedaçadas
Amores desfeitos, com hora certa pra morrer
Como as águas que correm insistentes
Contornando pedras e afastando impedimentos
A vida segue, firme e implacavelmente
Atropelando desejos e aniquilando sentimentos
Arrependimentos, neuroses e comoção
De nada valem nesse caos indescritível
Que leva a loucura ao coração
Com a lembrança dos fatos recém-vividos
Vejo-me à espera pra iniciar nova viagem
No próximo trem, que chega agora na estação
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