Sinto gratidão a Deus por ter me concedido a graça de ser mãe de três meninos...! Infelizmente, por uma fatalidade um de meus filhos faleceu em 2009.
Em 13 /03/1987, nasceu Diogo, um bebê prematuro de saúde frágil. Com muita luta e fé, superou todos os obstáculos de sua fragilidade de bebê, tornou-se uma criança forte e saudável, "levado", cheio de vontades... Passaram-se os anos e se tornou garoto lindo, imperativo, adorador de aventuras, jogador de futebol, fazia coisas exóticas como "capoeira", tinha muita energia.
No entanto, meu garoto se tornou um adolescente tímido, falava pouco, era mais de observar do que falar, ( "prefiro ficar quieto do que falar o que não sei", dizia ) ou ("se não vou poder ajudar, então prefiro não perguntar"). Nós ríamos, debochando de sua sinceridade absoluta. Era sempre muito direto, tinha um coração enorme, estava sempre disposto!
Meu adolescente se tornou um jovem lindo amável. Um bom filho, um ótimo irmão... em pouco tempo se transformou num tio e padrinho excelente, namorado apaixonado, um grande amigo... Só posso dizer que tinha gratidão por ele ter me escolhido como mãe.
Meu Diogo, aos 21 anos de idade, na sua mais bela fase já vivida até então, correndo contra o tempo, um jovem guerreiro trabalhador , com todo seu vigor, em um fatídico dia foi acometido por um acidente fatal. Tiraram-lhe a vida ...! Naquele dia faltou-me o chão!
Meu filho, Diogo, sou imensamente grata por ter tido você em minha vida. Por ter conhecido seus defeitos e suas qualidades, por ter aprendido com você o dom da vida , por ter aprendido a não jugar o outro, por ter aprendido a ser solidário a quem precisar; e ser amigo de verdade de quem é meu amigo...
Ho, Deus, como foi difícil, sim! Como foi difícil saber que nunca mas iria te ver, te tocar, ouvir tua voz , ouvir você me chamar de mãe, sentir teu cheiro! Mas, naquele dia 14/02/2009, eu fui agraciada com o Espírito Santo. Eu consegui te entregar a Deus ...
Aqui, minhas palavras de despedida:
"Senhor, aqui está teu filho, aquele que me destes de presente, para eu cuidar no tempo que escolhestes. Se este foi o meu tempo, espero ter dado o meu melhor, perdoe-me se não o fiz. Receba, ó pai, o teu filho, que aqui te entrego em teus braços. Vá com Deus filho. Eu sempre irei te amar."
Um belo texto, Elizete! E uma história de vida muito marcante, num raro exemplo de superação humana! Existem coisas que só as mães, com seu enorme, amoroso e doce coração conseguem fazer.
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