sábado, 9 de maio de 2020

O MUNDO PARA, O CORAÇÃO DISPARA (Hélio Cervelin, 06 maio 2020)



Autor: Hélio Cervelin

Em ritmo sonolento, o mundo desacelera          
Estamos em meio a uma guerra, em pleno compasso de espera
Diante da dor lancinante, a esperança reluta
À espera do fim de um ciclo e início de nova Era

Apreensão e perplexidade são a tônica geral
Por todos os recantos deste planeta fatal
Lágrimas de horror e gritos de comoção
Essa guerra tão insana chegará ao seu final?

Cadáveres, corpos inertes espalhados nas calçadas
Muitos outros transportados para lá e para cá
Campos esburacados sinalizam o fim de muitas jornadas
Desespero e sofrimento para quem irá ficar

A humildade precisa voltar a ter seu lugar
O mundo implora, carente, mais amor, mais coração
Caro será o preço que teremos que pagar
Até que aprendamos a dar mais amor e compreensão

Estamos colhendo agora, em forma de pandemia
Os frutos da altivez, maldade e tola arrogância
Fartos sentimentos bárbaros, sinônimos de anomalia
Resultando em desamor, egoísmo e mais ganância

Os profetas nos ensinaram tantas coisas sobre amar
E aceitar nossos irmãos, ao nos colocar em seu lugar
Mas nossos ouvidos moucos nos apontaram para o oposto
E no barco da indiferença nos deixamos navegar

Somos almas imortais, nosso planeta é uma escola
Que ensina a não comermos todos os frutos de uma vez
A vida segue lá adiante, transmutando-se a outros mundos
Paraísos de prazeres que não conhecem escassez

O bendito Criador, em sua bondade infinita
Dá-nos preciosa chance pra rever a situação
Até que aprendamos,  por fim, que nosso sábio intelecto
Abriga-se em nosso peito em forma de coração

Nenhum comentário:

Postar um comentário