
Autor: Hélio Cervelin
Em ritmo
sonolento, o mundo desacelera
Estamos
em meio a uma guerra, em pleno compasso de espera
Diante
da dor lancinante, a esperança reluta
À
espera do fim de um ciclo e início de nova Era
Apreensão
e perplexidade são a tônica geral
Por
todos os recantos deste planeta fatal
Lágrimas
de horror e gritos de comoção
Essa
guerra tão insana chegará ao seu final?
Cadáveres,
corpos inertes espalhados nas calçadas
Muitos
outros transportados para lá e para cá
Campos
esburacados sinalizam o fim de muitas jornadas
Desespero
e sofrimento para quem irá ficar
A humildade
precisa voltar a ter seu lugar
O mundo
implora, carente, mais amor, mais coração
Caro será
o preço que teremos que pagar
Até que
aprendamos a dar mais amor e compreensão
Estamos
colhendo agora, em forma de pandemia
Os frutos
da altivez, maldade e tola arrogância
Fartos
sentimentos bárbaros, sinônimos de anomalia
Resultando
em desamor, egoísmo e mais ganância
Os profetas
nos ensinaram tantas coisas sobre amar
E
aceitar nossos irmãos, ao nos colocar em seu lugar
Mas
nossos ouvidos moucos nos apontaram para o oposto
E no
barco da indiferença nos deixamos navegar
Somos almas
imortais, nosso planeta é uma escola
Que
ensina a não comermos todos os frutos de uma vez
A vida
segue lá adiante, transmutando-se a outros mundos
Paraísos
de prazeres que não conhecem escassez
O bendito
Criador, em sua bondade infinita
Dá-nos preciosa
chance pra rever a situação
Até que
aprendamos, por fim, que nosso sábio
intelecto
Abriga-se
em nosso peito em forma de coração
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