
Autor: Hélio Cervelin
Quando
dei por mim
Eu
ainda estava pensando em você
E
cheguei à conclusão
De
que em toda a minha vida
Foi
só o que eu soube fazer
E
assim
O
tempo foi passando
E
a vida foi escorrendo
Por
entre os meus dedos
Como
a água apanhada na fonte
Com
as mãos
Quando
dei por mim
Vi
os meus cabelos grisalhos
Caídos
sobre a minha fronte
Misturando-se
às lágrimas amargas
E
cheguei à conclusão
De
que corri riscos de menos
Pois,
as marcas dos erros passados
Impediram-me
de ousar
Por
medo de errar mais
Agora,
nem sei dizer se valeu a pena
Nem
sei se posso afirmar que fui infeliz
Só
sei dizer que não fui feliz
Nesse
emaranhado morno que é a vida
Do
ser sem ser
Do
não ser para tentar ser melhor
Afinal,
para que serve a vida?
Para
amar e sofrer?
Ou
para não amar, não sofrer e não viver?
Ou
será para viver por viver
Para
cumprir um tempo determinado
Como
um sagrado dever?
O Coração de um poeta quando questiona também ensina...
ResponderExcluirObrigado, Karina! Carina, em italiano, é querida, sabia? Suas palavras me dão ânimo para continuar a escrever. Um beijo Kariñoso.
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