
Autor: Hélio Cervelin
Estudei tanto, orei tanto
Feito santo
E no entanto
Prostrado aqui no meu canto
Desejo a morte do inimigo
E me espanto
Muito busquei a leveza
Teimosamente cultuei a beleza
Dedicado, me esforcei na sutileza
E em tudo ansiei pelo nexo
Mas, agora, desolado e abatido
Sinto chegar a tristeza
Estou perplexo!
Assombrado pelo desencanto
Tento conter o meu pranto
Busco
por um acalanto
E em desespero
Espero
Sempre bondoso e afável
Com muita firmeza e fé
Confiei, sim, na alma humana
Mas agora a vejo insaciável
Tristemente deplorável
Totalmente execrável
E insana!
Mundo estranho este nosso
Em que tento fazer o que
posso
Até rezar um Pai-Nosso
Sincero
Pra conviver dignamente
Não peço nada de mais
Apenas que imitemos os animais
E que tratemos os demais
Como gente
Intensa e amorosamente
Parabéns amigo vc e demais. Com seus poemas que nos encanta .
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