segunda-feira, 13 de agosto de 2018

AVALANCHE (Hélio Cervelin)



Autor: Hélio Cervelin

Enquanto espero
Minha angústia remoendo
Vejo o meu tempo escorrendo
Numa avalanche mortal

Repulsivos destroços
Que para trás vão ficando
Feito corpos contorcidos
Quadro de trevas, loucura
Difícil de contemplar

E a vida segue
Em ritmo  alucinante
Paisagem aterradora
Imagem do Inferno de Dante

Nesse arrastão
Que a tudo aniquila, destrói
Percebe-se o quanto dói
Amar e não ser compreendido

Tal panorama
Faz sumir a minha calma
Melhor ser cego e não ver
Pois que corrói a minha alma 

Oh, insano destino
Que permite essa loucura
E gera angústia ao meu viver
Lar de tormento e amargura

Sádica fúria
Que me obriga a ver o mal
O tempo todo, dia após dia
Nessa tragédia total

Meu Deus, eu peço
Quero pra casa voltar
Imploro me deixe morrer
Pra tudo isso acabar

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