Autora: Elizete Menezes
Há algum tempo passei junto com alguns amigos por um
terrível naufrágio.
Havíamos embarcado em um navio seguro,
cheios de expectativas e sonhos. Era uma tripulação bonita, feliz e unida. Mas,
depois de algumas realizações e conquistas dos tripulantes, nosso navio
começou a balançar, a maré começou a ficar agitada e entramos numa violenta
tempestade. Foi um baque para a tripulação. Correria, agitação.
Alguns marinheiros haviam entrado para
o grupo há pouco tempo, outros estavam na embarcação há mais de um ano. E então
tentamos contornar a situação, mesmo assim alguns foram procurar outros barcos
para se integrarem. Alguns desses, que foram mais ou menos uns quinze(15)
tripulantes que já se conheciam, e por sinal se gostavam muito, e sabendo onde
queriam chegar, reuniram-se para continuar no rumo, pra que esse naufrágio não representasse
a âncora de uma embarcação fracassada.
E assim foi dada a partida para
uma longa viagem. Os Náufragos agora têm um rumo certo. Começamos do zero com o
apoio de pessoas amadas dessa tripulação. Foi em comum acordo que retomamos o
leme desse navio pra continuar nossa viagem. Mas, como sempre há tempestades em
alto mar, novamente passamos por algumas dificuldades.
A saída de alguns dos
tripulantes nos deixou tristes, saudosos, porque eles entraram nessa embarcação
e conosco lutaram contra as tempestades em alto mar, mas por algum motivo
tiveram que partir, buscando outra navegação pra continuar sua viagem. Com toda
essa mudança da primeira tripulação perdemos quatro tripulantes. Mas
conseguimos, no caminho, agregar ao nosso navio mais alguns integrantes que
queriam navegar nessa aventura.
E lá estávamos nós, com mais três
novos Náufragos! Assim, seguimos por mais alguns tempos nossa viagem,
adquirindo experiência, fazendo novas amizades, escrevendo nossa história cada
um com sua escolha: poemas, contos, crônicas, músicas... E fomos caminhando. De
parada em parada descia um tripulante que, por algum motivo, se afastava de
nossa tripulação.
Mas o grupo de Náufragos fiéis
corriam atrás de seus objetivos. E a viagem continuava com propósito de
escrever mais e mais, contando nossas histórias. Os encontros semanais estavam
sendo muito produtivos, assunto é o que não faltavam para esses tripulantes. Histórias
lindas, contos, poemas.
O livro tão desejado, tão almejado
foi um desafio desses que restaram na embarcação dos Náufragos. E lá estávamos
nós, correndo atrás de fazer um bom livro, escrever é o que mas gostamos
de fazer. Começamos a correr contra o tempo, pois há muitas tempestades em
alto mar, e às vezes elas vêm para testar nossos limites de força de vontade e
tolerância.
Surgiu o desafio, mas, afinal, somos
seres humanos temos direito de errar e tentar consertar. Mais uma vez, nossa tripulação
está sofrendo desafios. Mas essa tripulação já superou outras tempestades.
Haveremos de superar mais esta.
Naufragamos, nadamos, recuperamos
nossos sonhos, conseguimos conquistar pessoas que nem nos conheciam pra nos
ajudar, fomos vencedores, nos recuperamos de tantas outras idas e vindas, de
amigos que se foram, e outros que vieram. Houve os que não quiseram continuar,
mas, nós, os NÁUFRAGOS LITERÁRIOS, estamos sobrevivendo às tempestades e não
podemos deixar à deriva nossa embarcação. Se tivermos que nadar novamente
à busca de novos rumos, nós iremos! Os Náufragos não podem ficar à deriva.
Venha conosco pra mais essa viagem.
Os Náufragos Literários Floripa te esperam! A viagem nem sempre é calma, sempre
pode haver uma tempestade em alto mar, mas nós já naufragamos outras vezes e
conseguimos atracar nosso navio em segurança. Não será dessa vez que a
embarcação não vai conseguir te levar em segurança.
Os Náufragos Literários Floripa são
como rocha firme em alto mar. Essa é a minha grande conquista com os
Náufragos. Não vamos parar essa viagem porque temos muito a
conquistar juntos . Nossa história é linda, e deve continuar.