
Autor: Hélio Cervelin
Produto
da terra bruta, matéria prima do chão
Meu
corpo é minha imagem, visível pela aparência
Com
ele eu posso te ver e me mostrar também
Oportunidade
de vida, amor e convivência
Invólucro
deste meu ser, minha mente e emoção
Expressa
uma mensagem de luz e de transparência
É
uma forma de criar, amar e fazer o bem
Que
embala todo meu ser em ação e consequência
Meu
corpo é uma joia que foi doada por deus
E
minha vida sem ele perderia o sentido
Recebido
de herança será doado aos meus
Com
ele posso amar, cantar, falar, ser ouvido
De
humanidade tosca, objeto moldado na lama
O
teu corpo transformou-se na expressão de quem me ama
E
se não fosse por ele, tão gracioso e delicado
Eu
não sentiria o encanto que sinto estando ao teu lado
Escravo
neste planeta, onde não posso voar
Invejo
os pássaros errantes, felizes, pairando no ar
Valho-me
de máquinas e truques pra enganar a minha mente
E
faço viagens fantásticas, estando no mesmo lugar
Até
Cristo se valeu de um corpo material
Para
trazer a Boa Nova para quem quisesse ouvir
E
pregar sua mensagem da lei do Bem contra o Mal
E
mapear nosso caminho pra viagem do porvir
Sei
que no gozo dos céus eu não preciso de corpo
Pra
me expressar como faço, aqui nesta dimensão
No
vácuo da antimatéria poderei tudo fazer
Sem
amarras, serei pleno, planando na imensidão
Junto
ao Pai posso sorrir e viver eternamente
Em
coro cantar com os anjos belas canções de louvor
E
viver a plenitude com a qual sempre sonhei
Sem
jamais chorar, sofrer ou voltar a sentir dor
Enquanto
ainda não chega a minha hora final
De
abrir mão desta matéria e devolvê-la ao chão
Fica
comigo e me ame com ternura celestial
Beijos,
suaves carícias e muito amor no coração.
Parabéns
ResponderExcluirParabéns parabéns
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