
Autor: Hélio Cervelin
Tua
hesitação para os atos da paixão
Pouco
a pouco vai matando o nosso amor
Minando
sem dó a nossa frágil relação
E
dando margem à indiferença e ao desamor
Às
coisas do amor você não dá muita importância
Esquecendo
sempre que o fogo da paixão
Repousa
no toque sutil e na exuberância
Da
flor da pele, que acelera o coração
Revelam-se
tímidos os teus afagos e carícias
Muito
distantes da profundidade plena
Toques
exigem grande dose de perícia
E
uma alma apaixonada e serena
O
teu corpo jaz, apático, quase que inerte
Já esquecido
da própria sensualidade
Aniquilando
a cada dia a débil paixão
Lançando
ao longe a tão sonhada felicidade
Manter
acesa a atração que há entre nós
É
via de duas mãos, peço que tentes entender
O
combustível é algo indispensável
Pra
que nosso fogo não decresça até morrer
Amanhã,
talvez distantes um do outro
Irás
comentar que quem errou sempre fui eu
Que
a força do meu calor foi insuficiente
Causando
a morte desse amor que feneceu
E aos
meus amigos vais dizer, sem piedade
Que
fui omisso, inábil e decadente
E
que por toda vida tu terias me amado
Tivesse
sido eu mais hábil e diferente...
Profundo...
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