terça-feira, 4 de junho de 2019

PAIXÃO E DECADÊNCIA (Hélio Cervelin, 27 mai 2019)



Autor: Hélio Cervelin

Tua hesitação para os atos da paixão
Pouco a pouco vai matando o nosso amor
Minando sem dó a nossa frágil relação
E dando margem à indiferença e ao desamor

Às coisas do amor você não dá muita importância
Esquecendo sempre que o fogo da paixão
Repousa no toque sutil e na exuberância
Da flor da pele, que acelera o coração

Revelam-se tímidos os teus afagos e carícias 
Muito distantes da profundidade plena
Toques exigem grande dose de perícia
E uma alma apaixonada e serena

O teu corpo jaz, apático, quase que inerte
Já esquecido da própria sensualidade
Aniquilando a cada dia a débil paixão
Lançando ao longe a tão sonhada felicidade

Manter acesa a atração que há entre nós
É via de duas mãos, peço que tentes entender
O combustível é algo indispensável
Pra que nosso fogo não decresça até morrer

Amanhã, talvez distantes um do outro
Irás comentar que quem errou sempre fui eu
Que a força do meu calor foi insuficiente
Causando a morte desse amor que feneceu

E aos meus amigos vais dizer, sem piedade
Que fui omisso, inábil e decadente
E que por toda vida tu terias me amado
Tivesse sido eu mais hábil e diferente...








Um comentário: