
Autora Elizete Menezes
Começa a viagem, a viagem da vida. Sim, da vida.
Começa essa viagem na concepção. É uma trajetória para quem carrega um
embrião no ventre, mas também para o embrião, porque a partir daí ele começa a
sua viagem particular. Dia após dia, mês após mês, até que se complete o trajeto
da viagem.
Nesse percurso só há a condutora e o passageiro. A viagem está prevista
para nove meses, que, geralmente, é o prazo certo para chegar ao seu final e
dar início à outra viagem. Para alguns a viagem termina antes do prazo marcado.
Por um motivo justo a viagem tem que ser interrompida para que o condutor
e passageiro comecem a se preparar para a chegada. Mas, a viagem só foi
interrompida por algumas horas, porque ambos começam uma nova viagem. E essa
não tem data nem hora definida para acabar. Mas tem data e hora para recomeçar.
E, a partir daí, eles começam uma longa viagem para a vida, não mais como
condutora e passageiro, mas como parceiros de viagem, dois passageiros. E a antiga
condutora se doa por inteiro ao passageiro indefeso, frágil, para que essa
viagem seja longa, com muito amor e dedicação.
A condutora segue a viagem com seu passageiro a tiracolo, levando-o para
todos os lados, cuidando, alimentando, ensinando, educando, dando-lhe amor e
carinho.
Afinal essa é uma das melhores viagens que o passageiro poderá fazer, pois,
dentre tantas outras viagens que ainda irá fazer, esta não tem comparação.
A condutora sabe que logo chegará a hora do passageiro seguir a
viagem sozinho. E, com muita sabedoria, ela
faz todo o possível para que isso aconteça
da melhor forma.
Ate porque, eventualmente, a viagem poderá acabar, abruptamente. Para um
ou para o outro. Sendo assim, quem ficar terá que seguir, não dá para parar.
A viagem da vida tem começo, meio e fim. Seja para a condutora ou para o
passageiro.
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