
Autor: Hélio Cervelin
Maldito seja!
O pai que maltrata o filho (e o
filho ao pai), negando-lhe amor
profundo;
A mãe que entrega sua filha,
sujeitando-a às maldades do mundo;
O político que vende seu país,
entregando suas riquezas;
O magistrado que vende
sentenças, legalizando as safadezas.
Maldito seja!
O sacerdote que abusa de
crianças, marcando suas vidas com o horror;
O pastor que mercantiliza sua
fé, praticando o desamor;
O legislador que legisla em
causa própria, na lei que determina;
A autoridade que governa arrevesado,
visando sempre à propina.
Maldito seja!
O médico que opera sem
necessidade, ao paciente aumentando a aflição;
O servidor que manipula seu
ofício e enriquece com desvios na função;
O professor que negligencia seu
trabalho, e deturpa ensinamentos;
A imprensa que estimula a
avareza e a ação dos maus elementos.
Maldito seja!
O empresário que escraviza e
maltrata seus colaboradores;
O policial que impõe maus
tratos e descabidos horrores;
O empregado que atua com
leniência;
O construtor que só constrói sua
conveniência.
Maldito seja!
O preguiçoso, que se apropria
do esforço alheio;
O político que engana o seu
eleitor;
O ladrão, que busca o que não lhe pertence;
O ser humano que não tem nenhum
valor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário