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Autora: Áurea Wolff |
O primeiro assunto a ser abordado para
produzir escrita criativa proposto para os membros do grupo
Náufragos Literários foi a primavera.
Lindas falas
revelaram os estilos poéticos e apaixonados de cada um, o encanto que se
encontra na liberação da alma, E neste espaço de tentativa do novo, da
restauração e do aconchegante, a primavera chegou com suas cores de
esperança pela solidariedade e por um mundo mais humano e justo.
Eu que já vivi
tantas primaveras, também vivi as outras estações do ano: invernos com o
frio do corpo e da alma; invernos aquecidos com o calor dos irmãos;
outonos onde a fartura era uma realidade; e outonos onde as sementes brotavam
enfraquecidas; verões onde o calor do sol iluminava tudo; e verões onde as
tempetades varriam as esperanças, derrubavam a fé e traziam a escuridão.
Em todas as
estações encontrei o amor. Amor de mãe, de pai, de irmãos de
sangue, irmãos do coração, amor de marido, amor de filhos, de avós,
de amigos, de estranhos, de companheiros de trabalho, de alunos, de
familiares. Quantos amores! Mesmo na dor e no fundo do poço, encontrei o
amor.
Estou convencida
de que em todas as estações da vida existe uma essência comum, um fundo
musical da existência, uma gratidão pela vida, um sorriso de aventura,
uma careta de loucura, que, mesmo quando não pensamos nem
acreditamos, queremos que exista, que esteja presente: o amor.
Estamos
numa era nova, o nosso tempo de aposentados, poetas, escritores, músicos,
cantores, sonhadores. As estações se juntaram, não tem mais uma data nem
tempo de se alternarem. Elas têm sua essência, o ponto de partida,
o foco central, a meta, que, mesmo com frio ou calor, com dor
ou desânimo quer ser preservada. Elas estão todas em todos os
momentos.
Estamos no
outono da vida, quando temos sonhos e eperanças. Também no
inverno, pois temos o aquecimento que conseguimos no caminho.
Na primavera,
porque as lindas cores do mundo ficaram gravadas em nossa
mente. No verão, já que temos o sopro dos ventos suaves que
nos trouxeram até aqui.
E elas nos trouxeram para
a Estação do amor.
Belas palavras, amiga Aurinha!!!
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