segunda-feira, 6 de novembro de 2017

MORADORES DAS RUAS DE CURITIBA (Delva Gerez)

Autora: Delva Robles 


EXERCÍCIO DE CRIAÇÃO LITERÁRIA PROPOSTO NO GRUPO:
A partir das palavras propostas, abaixo, elabore um texto livre, contemplando a ideia que elas representam para você.

COGNIÇÃO - percepção, conhecimento; conjunto de processos mentais conscientes;
APRENDER - Assimilar ou reter conhecimentos; adquirir habilidade prática;
ANELO - Desejo ardente; um intenso querer;
AMENO - Suave; moderado; delicado; aprazível; terno;
RELAÇÃO - Vínculo; ligação; contato; correspondência; lista de nomes;
semelhança;
BISOLHAR - Olhar duas vezes (neologismo);
HUMANO - Relativo ao homem (humanidade); que denota compaixão;
MEMÓRIA - Faculdade de reter conhecimentos e impressões; monumento;
DESAPEGO - Despojamento; livrar-se de certos sentimentos;
SAUDADE - Sentimento de ausência, de falta; lembrança de algo triste ou feliz;
ÓCIO - Fazer nada; desocupação; qualquer ocupação agradável;
LÁGRIMA - Gota d'água vertida dos olhos;
LEMBRANÇAS - Ato ou efeito de lembrar (se); recordação de eventos passados.


"Sempre que vou a Curitiba  fico admirando os moradores de rua. São pessoas que devem ter os mais variados motivos para desapegar-se dos bens  materiais.  Muitos deles já perderam, pelo uso das drogas,  a cognição.  Seu anelo são as drogas.  Seus cérebros já não retêm conhecimento e sua capacidade de memorização é nula.  Nos dias onde o clima é ameno eles transitam com uma certa alegria pelas calçadas, interpelando os transeuntes, mas na grande maioria dos dias,  quando o sol se põe e a noite desce seu manto negro,  e o frio curitibano toma conta  das calçadas, .....haaa,  pobres criaturas!!!

Sinto uma atração enorme por suas histórias de vida. Qual a relação com suas famílias? O que fazem nas horas de ócio, quando não estão drogados? Quais as lembranças que os tornam felizes? Sentirão saudades? Bisolham suas escolhas na vida? Como aprenderam a morar na rua?

Sinto culpa. Culpa pelo conforto de minhas cobertas quentinhas, de minha cama limpa, de meu apartamento aconchegante.

São seres humanos que vivem excluídos  da sociedade à qual eu pertenço;  penso nisso e  me vem lágrimas nos olhos."


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